A RELEVÂNCIA DA INCLUSÃO DA ABORDAGEM INTERPROFISSIONAL NA GRADUAÇÃO DOS CURSOS DE SAÚDE

A RELEVÂNCIA DA INCLUSÃO DA ABORDAGEM INTERPROFISSIONAL NA GRADUAÇÃO DOS CURSOS DE SAÚDE

THE RELEVANCE OF INCLUDING THE INTERPROFESSIONAL APPROACH IN UNDERGRADUATE HEALTH COURSES

LA RELEVANCIA DE INCLUIR EL ENFOQUE INTERPROFESIONAL EN LOS CURSOS DE SALUD DE PREGRADO

AUTORES

Karoline Soares Chaves. Discente da Universidade do Estado de Minas Gerais -  https://orcid.org/0000-0003-3510-6000

Letícia dos Santos Moraes. Discente da Universidade do Estado de Minas Gerais - https://orcid.org/0000-0003-2140-1877

Maria Inês Lemos Coelho Ribeiro.  Docente da Universidade do Estado de Minas Gerais -  https://orcid.org/0000-0002-7684-2381

Aline Teixeira Silva. Docente da Universidade do Estado de Minas Gerais - https://orcid.org/0000-0002-6364-8491

Maria Fernanda da Siva Vanzolin. Discente da Universidade do Estado de Minas Gerais -  https://orcid.org/0000-0002-8466-3260  

RESUMO

Objetivos: investigar a presença da educação interprofissional nos cursos da área de saúde de um campus da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Metodologia: estudo a abordagem quantitativa, descritiva e exploratória que analisou os projetos pedagógicos e aplicação de questionários. Resultados: a maioria dos participantes reconheceu a importância da interprofissionalidade, mas identificou desafios na comunicação e hierarquia entre profissões, além disso o estudo destaca a necessidade de melhor implementação da educação interprofissional na formação de saúde no Brasil. Considerações finais: A interprofissionalidade é crucial na formação de profissionais de saúde, mas ainda não está amplamente integrada nos currículos acadêmicos, requerendo mais estudos para sua inclusão efetiva.

Palavras-Chave: Educação interprofissional; Ensino; Profissionais de Saúde.

ABSTRACT

Objectives: to investigate the presence of interprofessional education in health courses at a campus of the State University of Minas Gerais (UEMG). Methodology: a quantitative, descriptive and exploratory study that analyzed pedagogical projects and questionnaires. Results: The majority of participants recognized the importance of interprofessionality, but recoganize the challenges in communication and hierarchy between professions. In addition, the study highlights the need for better implementation of interprofessional education in health training in Brazil. Final considerations: Interprofessionality is crucial in the training of health professionals, but it is not yet widely integrated into academic curricula, requiring further studies for its effective inclusion.

Keywords: Interprofessional education; Teaching; Health Personnel.

RESUMEN

Objetivos: Investigar la presencia de la educación interprofesional en los cursos de salud en un campus de la Universidad Estatal de Minas Gerais (UEMG). Metodología: estudio cuantitativo, descriptivo y exploratorio que analizó proyectos pedagógicos y aplicó cuestionarios. Resultados: la mayoría de los participantes reconoció la importancia de la interprofesionalidad, pero identificó desafíos en la comunicación y la jerarquía entre las profesiones. Además, el estudio destaca la necesidad de una mejor implementación de la educación interprofesional en la formación sanitaria en Brasil. Consideraciones finales: La interprofesionalidad es crucial en la formación de los profesionales de la salud, pero aún no está ampliamente integrada en los currículos académicos, por lo que se requieren más estudios para su inclusión efectiva.

Palabras clave: Educación interprofesional; Enseñanza; Profesionales de la salud.

RECEBIDO: 15/02/2024 APROVADO: 11/03/2023  

Tipo de artigo: Artigo Original

 INTRODUÇÃO

O trabalho em saúde é composto por diversos desafios, trazendo consigo o objetivo de fazer com que os profissionais, ofereçam à população um atendimento adequado de acordo com as suas necessidades. Sendo então, imprescindível, a existência e a divisão do trabalho em equipe nesse setor, já que as práticas profissionais tendem a se complementar, dando oportunidade para que especialistas de diversas áreas apresentem aos seus pacientes explicações a diferentes situações (DA COSTA, 2020). 

É de suma importância destacar a diferente valorização dada às profissões e às relações de poder. Esses conflitos surgem de uma narrativa fundada por questões históricas e culturais que visam manter a prática médica como superior e de maior prestígio em relação as outras profissões de saúde (SUMIDA, J.S., 2015), o que corrobora com a desvalorização dos outros profissionais.

Dessa forma, é sempre necessário ser reforçado que, para ocorrer a melhoria do trabalho em equipe, torna-se importante cultivar boas relações, para que as mesmas sejam implementadas em estratégias de comunicação eficientes entre a própria equipe com a gestão e usuários (KELL; SHIMIZU, 2010). 

A EIP tem alcançado uma ampla visibilidade, principalmente por apresentar métodos que correspondem ao desafio da formação de indivíduos dispostos a contribuir e trabalhar em equipe (DA COSTA, 2019), e também, vem tentando aperfeiçoar as estruturas e fragmentações existentes nas instituições acadêmicas. Através do desenvolvimento de novas diretrizes curriculares, que possuem maiores interações de metodologias ativas, projetos de pesquisa e extensão, entre outros métodos que contribuem para que a EIP ajude na formação de indivíduos capazes de colaborar em todo o processo de trabalho e comunicação, partilhando experiencias educacionais dos diferentes cursos na área da saúde, e não somente na interação entre diferentes setores no mesmo espaço (DA COSTA, 2018).  

Além disso, a presença da EIP ajuda para que haja a efetivação da colaboração interprofissional (CIP), a qual pode ser vista como essencial para avançar em questões sociais e sanitárias complexas, já que ajuda a amplificar a qualidade e a resolução da atenção em saúde; guia a organização do trabalho em equipe e auxilia as práticas de acordo a demanda de saúde de cada região. (ARRUDA; BARRETO; RIBEIRO, 2018).

Observa-se também que no cenário da política nacional de saúde a pratica interprofissional apresenta uma relevância singular, já que o Sistema Único de Saúde (SUS) parte de uma premissa interprofissional, como é visto na Atenção Primária à Saúde, que possui a Estratégia de Saúde da Família como exemplo de reorientação, e na mesma é perceptível a junção de distintas profissões na constituição de equipes para atuação compartilhada (TOASSI, 2017).

Diante do exposto, esse estudo tem por objetivo geral investigar a presença da educação interprofissional nos cursos da área de saúde de um campus da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Ademais, possui como objetivos específicos pesquisar a presença do termo “Interprofissionalidade” nos Projetos Políticos Pedagógicos dos cursos da área da saúde da UEMG, campus Passos e investigar o conhecimento do conceito de interprofissionalidade entre docentes e discentes dos cursos da área da saúde da UEMG, campus Passos.

MÉTODO

Tipo de Estudo

Para atingir os objetivos propostos este projeto utiliza como tipo de estudo a abordagem quantitativa, descritiva e exploratória.

A pesquisa quantitativa, trata-se de um método que objetiva expor dados numéricos e indicadores de determinados assuntos, no intuito de validar hipóteses e entender sobre o conhecimento, preferências e comportamento de determinados indivíduos, atuando sempre em níveis de realidade. Geralmente os resultados obtidos são generalizáveis para o conjunto da comunidade, esse método assume uma realidade estática e também são direcionados a buscar significância e causas dos fenômenos sociais, sem interesse pela dimensão subjetiva, ele utiliza procedimentos controlados, geralmente questionários impressos ou online, entrevistas digitais, telefônicas ou presenciais (SERAPIONI, M. 2000).

A abordagem descritiva geralmente é utilizada para determinar relações entre a construção teórica ou variáveis nas pesquisas quantitativas. Descrevem características de uma população, amostra, contexto ou fenômeno, dentro da pesquisa quantitativa o método descritivo é usado para fazer o levantamento de pesquisas e análises estatísticas (LANDO, F. 2020).

Quanto à pesquisa exploratória, observa-se que a mesma visa analisar um fenômeno ainda pouco estudado. São mais flexíveis na sua programação, uma vez que está intencionada a observar e compreender os mais variados aspectos relativos ao fenômeno estudado pelo pesquisador. Geralmente esse tipo de pesquisa utiliza para coleta de dados entrevistas, grupos focais e observação (LANDO, F. 2020).

Localização

A pesquisa foi realizada em uma das unidades da Universidade do Estado de Minas Gerais, localizada em uma cidade no interior do estado de Minas Gerais, na Mesorregião do Sul e Sudoeste. 

Coleta de Dados 

Para o procedimento de coleta de dados, as pesquisadoras contactaram a secretaria de cada curso da área da saúde da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) por meio de e-mails e contato pessoal afim de obter uma amostra aproximada do número de alunos matriculados nos respectivos cursos para além de filtrar os participantes do estudo, estipular e planejar o orçamento do projeto. Além disso, foi elaborado um questionário com base nas evidências e referencial bibliográfico com questões fechadas que foi aplicado aos discentes e docentes que se encaixaram nos critérios estabelecidos para os participantes do estudo e, ainda, foi realizada uma busca no Projeto Pedagógico individual de cada curso para investigar se há enfoque na temática sobre interprofissionalidade e analisada adjunto aos dados obtidos com os questionários.  

Os dados foram analisados por meio da análise estatística descritiva simples. utilizado o Excel 2010. Os dados foram agrupados e apresentados por meio de tabelas e/ou gráficos para melhor visualização e entendimento. Para a realização desta pesquisa foi feito um contato prévio com o responsável pela instituição de ensino do campus Passos e solicitado uma autorização para a realização do estudo. O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), com parecer de número 5.730.599. 

Para a aplicação do questionário foi solicitada a concordância dos participantes, que após leitura, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) em duas vias, uma em possa do pesquisador e outra em posse do participante. Este documento esclarece o objetivo da pesquisa e a liberdade de escolha de participar ou não do estudo, respeitando os princípios éticos legais identificados na Resolução 466/2012, que contempla a autonomia, não maleficência, justiça, veracidade e fidelidade, na qual a identidade do sujeito será mantida em sigilo, utilizando as informações adquiridas para fins científicos.  

A presente pesquisa envolve riscos de identificação, constrangimento, exposição dos participantes e falha na condução dos questionários. Para minimizar estes riscos pretende-se garantir o sigilo da pesquisa e a identificação do local do estudo, privacidade no momento do preenchimento deste instrumento e preparo do condutor da aplicação do questionário. Os participantes que sentirem-se constrangidos em realizar o estudo será interrompido imediatamente a coleta de dados e será dado o suporte necessário ao entrevistado.

Amostra

A população do estudo será constituída dos docentes e discentes dos penúltimos períodos dos cursos da área da saúde da UEMG, campus Passos, sendo estes: enfermagem, medicina, nutrição, estética, educação física, biomedicina e serviço social.

Critérios de Inclusão 

Todos os docentes que atuam nestes cursos e todos os estudantes que estiverem regularmente matriculados nos períodos apresentados.

Critérios de Exclusão

Todos os docentes e discentes que estiverem afastados e/ou com matrículas trancadas ou ainda, que se recusarem a participar da pesquisa.

Ferramentas

A ferramenta utilizada para a aplicação do estudo, foi um questionário com quatorze perguntas de múltipla escolha, construído por meio de evidências e referencial bibliográfico, o qual avalia o conhecimento dos participantes acerca da interprofissionalidade. 

RESULTADOS

Para um melhor entendimento sobre a abordagem da interprofissionalidade nos cursos incluídos na pesquisa, além do questionário aplicado aos discentes e docentes, foi realizada uma busca rápida nos Projetos Pedagógicos de Curso – PPC. Este instrumento é disponibilizado no website da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, e estabelece as Diretrizes Curriculares individualmente para todos os cursos da instituição. 

Dessa forma, com o intuito de facilitar a busca, foi realizada uma leitura prévia de cada Projeto Pedagógico de todos os cursos incluídos na pesquisa, e para reforçar, uma leitura minuciosa afim de localizar a presença dos termos “interprofissionalidade” e “interprofissional”. 

Após realizar a busca, pode-se perceber que:

  • No Projeto Pedagógico do Curso de Serviço Social, o termo foi localizado na Ementa, sendo mencionado sobre a participação em equipes interprofissionais;
  • No curso de Estética, o termo consta no item Atividades de Extensão, porém, relacionando-o como um modo interprofissional para que as atividades sejam realizadas; 
  • No curso de Enfermagem, o termo consta nos itens: Objetivos específicos, discorrendo sobre promover a interprofissionalidade, e em Unidades Curriculares Optativas; 
  • No curso de Medicina, o termo aparece no item “Justificativa para a criação do curso”, discorrendo sobre a orientação do aprendizado ser voltada para a atuação interprofissional e, nos objetivos específicos, também buscando promover a interprofissionalidade; 
  • Por fim, nos Projetos Pedagógicos dos cursos de Nutrição e Educação Física, os termos não foram encontrados. 

Na caracterização dos participantes do estudo demonstra um total de 163 participantes, 157 eram discentes, que correspondem a 96,3% dos participantes, dos quais, 41 (25%) são do curso de Enfermagem, este, em maior número, uma vez que possui duas turmas matriculadas, sendo, uma no período matutino e uma no período noturno, 19 (11,7%) do curso de Nutrição, 19 (11,7%) do curso de Educação Física, 12 (7,4%) do curso de Serviço Social, 25 (15,3%) do curso de Medicina, 20 (12,3%) do curso de Estética e 27 (16,6%) do curso de Biomedicina. 

Em relação aos docentes, 6 participaram da pesquisa, o que corresponde a 3,7% dos participantes, que, conforme descrito na metodologia do presente estudo, foram submetidos a pesquisa apenas os que estivessem presentes em sala de aula durante a aplicação dos questionários e, que concordassem em participar da pesquisa. 

Sobre os períodos dos respectivos cursos em que foram aplicados os questionários, sendo 19 (11,7%) do 5° período, 66 (40,5%) do 6° período, 57 (35%) do 7° período e 21 (12,9%) do 9° período, durante a fase de coleta de dados, percebeu-se que os períodos preestabelecidos estavam participando de práticas em campo, o que convergiu a pesquisa a ser realizada em períodos anteriores, tornando-os majoritariamente em períodos ímpares. Além disso, devido ao calendário acadêmico da Universidade do Estado de Minas Gerais, foi necessário esperar o início do ano letivo de 2023 para o término da fase de coleta de dados, uma vez que, durante às idas a universidade para a coleta, haviam poucos alunos presentes em sala de aula, o que poderia comprometer os resultados obtidos.

Tabela 1: Perguntas do questionário aplicado que contenham respostas sim e não.

Perguntas

Sim                        Não                      Em branco

N

%

N

%

N

%

Você conhece o conceito de interprofissionalidade

113

69,3

46

28,2

04

2,45

“A interprofissionalidade é um processo de trabalho, onde profissionais com formações acadêmicas distintas trabalham juntos, sendo afetados uns pelos outros” (Ellery, 2012). Você concorda com este conceito?

136

84,4

20

12,3

02

1,22

Você concorda que conhecer e entender melhor sobre as dificuldades do trabalho em equipe auxilia no desenvolvimento da interprofissionalidade no ambiente de trabalho?

160

98,2

01

0,61

02

1,22

Você concorda que a inclusão da abordagem sobre interprofissionalidade durante a graduação é necessária?

161

98,8

02

1,22

0

0

A temática sobre interprofissionalidade foi abordada durante a sua formação ou atuação profissional?

95

58,3

68

41,8

0

0

Fonte: dos autores, 2023.

Para a análise dos resultados, foram agrupadas em uma única tabela (1), as perguntas que contém respostas de “sim” e “não” de forma a tornar a discussão dos resultados mais dinâmica. Dessa forma, a pergunta “Você conhece o conceito de interprofissionalidade?” obteve 113 (69,3%) das respostas sim, 28,2% não e 2,45% de respostas em branco

Já a pergunta: ““A interprofissionalidade é um processo de trabalho, onde profissionais com formações acadêmicas distintas trabalham juntos, sendo afetados uns pelos outros” (Ellery, 2012). Você concorda com este conceito?” obteve 84,4% de respostas sim, 12,3% não e 1,22% de respostas em branco

Seguindo a ordem de perguntas expostas na tabela, a pergunta: “Você concorda que conhecer e entender melhor sobre as dificuldades do trabalho em equipe auxilia no desenvolvimento da interprofissionalidade no ambiente de trabalho?” demonstrou que 98,2% dos participantes responderam sim, 0,61% não e 1,22% deixaram a resposta em branco. 

Já a pergunta “Você concorda que a inclusão da abordagem sobre interprofissionalidade durante a graduação é necessária?” obteve 161 (98,8%) de respostas sim, 2 (1,2%) e de respostas não. 

Por fim, a pergunta “A temática sobre interprofissionalidade foi abordada durante a sua formação ou atuação profissional?” demonstrou 95 (58,3%) de respostas sim e 68 (41,8%) de respostas não.

Tabela 2Perguntas de respostas múltiplas concomitantemente. Passos, Minas Gerais, Brasil, 2023.

Perguntas

Discordo plenamente

Discordo parcialmente

Não concordo nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo plenamente

N

%

N

%

N

%

N

%

N

%

Julgue o item:

A importância da interprofissionalidade na graduação em saúde pode ser justificada pela oportunidade de conhecer diversos saberes que podem contribuir para o trabalho em equipe e o exercício da profissão.

0

0

0

0

5

3,1

30

18,4

126

77,3

“A interprofissionalidade é de suma importância, uma vez que envolve a atuação de diferentes profissionais como Médicos, Enfermeiros, Nutricionistas, Assistentes Sociais, etc., para o tratamento completo de pacientes internados”.

Você concorda com a importância do compartilhamento dessas e de outras experiências/conhecimentos entre profissionais de diferentes setores da área da saúde?

0

0

04

2,45

04

2,45

15

9,2

140

85,9

Fonte: dos autores, 2023.

Para a análise de resultados foram inseridas as perguntas de múltipla escolha concomitante, com alternativas, “discordo plenamente”, “discordo parcialmente”, “não concordo nem discordo”, “concordo parcialmente”, “concordo plenamente”, em uma única tabela para facilitar a interpretação.

Na questão “Julgue o item:  A importância da interprofissionalidade na graduação em saúde pode ser justificada pela oportunidade de conhecer diversos saberes que podem contribuir para o trabalho em equipe e o exercício da profissão” foi obtido 0 respostas em “discordo plenamente” e “discordo parcialmente”, 5 respostas (3,1%) em “não concordo nem discordo”, 30 respostas (18,4%) em “concordo parcialmente” e 126 respostas (77,9%) em “concordo plenamente”. 

Na segunda questão em que aborda “A interprofissionalidade é de suma importância, uma vez que envolve a atuação de diferentes profissionais como Médicos, Enfermeiros, Nutricionistas, Assistentes Sociais, etc., para o tratamento completo de pacientes internados”. Você concorda com a importância do compartilhamento dessas e de outras experiências/conhecimentos entre profissionais de diferentes setores da área da saúde?”. Foi obtido 0 respostas em “discordo plenamente”, 4 respostas (2,45%) em “discordo parcialmente”, 4 respostas (2,45%) em “não concordo nem discordo”, 15 respostas (9,2%) em “concordo parcialmente” e 140 respostas (85,9%) em “concordo plenamente”.

Tabela 3 – Resposta da pergunta “Em que situações você considera que praticamos a interprofissionalidade? Passos, Minas Gerais, Brasil, 2023.

Alternativas

  Respostas

 

   

%

 

No trabalho em equipe

   

151

   

92,6

 

Na comunicação

 

98

   

      60,12

 

Na interação com o paciente/ familiar

 

91

   

        55,8

 

Na formação/ educação permanente

 

99

   

        60,8

 

Na liderança

 

78

   

      47,8

 

Fonte: dos autores, 2023.

Na tabela 3 foram avaliadas múltiplas respostas com a pergunta “Em que situações você considera que praticamos a interprofissionalidade? Assinale quantas alternativas achar necessário”. Na qual é analisada a resposta dos participantes referente a cinco alternativas, que podem ser marcadas simultaneamente. 

Na primeira optativa, fala acerca da prática da interprofissionalidade no “trabalho em equipe”, obtendo 151 (92,6%) respostas. Sobre a prática da interprofissionalidade “na comunicação” trouxe a resposta de 98 pessoas (60,12%). A opção sobre a pratica da interprofissionalidade “Na interação com o paciente/ familiar” apresentou a resposta de 91 participantes (55,8%). A resposta sobre a pratica da interprofissionalidade “Na formação/ educação permanente” alcançou 99 respostas (60,8%). Por fim, no questionamento sobre a presença da interprofissionalidade “Na liderança” trouxe 78 respostas (47,8%), podendo observar que ainda é desconhecido para muitos indivíduos a sua importância nessa modalidade.

Tabela 4 – Resposta da pergunta “Quais estratégias citadas abaixo você considera essencial para a construção de uma equipe interprofissional”. Passos, Minas Gerais, Brasil, 2023.

Quais estratégias citadas abaixo você considera essencial para a construção de uma equipe interprofissional?

Alternativas

  Respostas

 

   

%

 

Troca de conhecimentos

   

125

   

76,7

 

Colaboração nas atividades exercidas

 

114

   

        69,9

 

Atenção corresponsável à construção de projetos de promoção de saúde

 

85

   

      52,14

 

Outras 

 

2

   

        1,22

 

Fonte: dos autores, 2023.

O questionário apresentou a seguinte pergunta “Quais estratégias citadas abaixo você considera essencial para a construção de uma equipe interprofissional” em que o participante poderia assinalar quantas alternativas achasse pertinente para a sua resposta impedindo, dessa forma, que o resultado ficasse limitado a apenas uma estratégia. Na tabela 4 ilustramos três estratégias para a resolução desta pergunta e também foi adicionado a opção de “outros” para que o participante descrevesse sua própria opinão quanto a possíveis estratégias e, assim, ampliar os resultados dessa pesquisa.

Evidencia-se que os participantes identificaram, predominantemente, que a “troca de conhecimentos”, com 125 (76,7%), é uma estratégia para a equipe interprofissional. Seguido de “colaboração nas atividades exercidas”, com 114 (69,9%), e de “atenção corresponsável à construção de projetos de promoção à saúde”, com 85 (52,14%). 

Na última alternativa o participante teve a oportunidade de relatar alguma estratégia que este considerasse relevante para o trabalho interprofissional nas equipes. Entretanto, essa opção teve baixa aceitação, uma vez que de 163 questionários apenas 2 (1,22%) responderam, vale ressaltar ainda que os cursos que optaram por relatar nessa opção foram os de biomedicina e medicina. 

Nesse âmbito os participantes descreveram em suas respostas: “Eliminar a ideia de hierarquia entre profissões” e outro ainda disse “Respeito às atribuições de cada profissional”.

Tabela 5 – Resposta da pergunta “Eleja duas dificuldades de trabalho em equipe que você considere mais limitantes para o desenvolvimento de uma equipe interprofissional”. Passos, Minas Gerais, Brasil, 2023.

Alternativas

  Respostas

     

%

 

Dificuldades na comunicação entre os profissionais da equipe

     

137

84

 

Alta rotatividade dos profissionais

     

40

24,5

 

Excesso de atribuições a algum membro da equipe

     

75

46

 

Falta de coesão entre a equipe como um todo e a isonomia salarial

     

64

39,3

 

Outras

     

3

1,8

 

Fonte: dos autores, 2023.

A tabela 5 possui cinco alternativas em que o participante precisava assinalar duas delas que cogitasse propício para a resposta da pergunta “Eleja duas dificuldades de trabalho em equipe que você considere mais limitante para o desenvolvimento de uma equipe interprofissional”. Dessas cinco, a última era a opção “outras” em que poderiam descrever um parecer acerca do tema da questão. 

A respeito da tabela supracitada, 137 (84%) dos participantes responderam a alternativa “dificuldades na comunicação entre profissionais da equipe”. Ademais, a alternativa “alta rotatividade dos profissionais” obteve uma menor quantidade de respostas com 40 (24,5%). Já a alternativa “excesso de atribuições a algum membro da equipe” foi determinada como resposta por 75 (46%) participantes. A quantidade de respostas a opção “falta de coesão entre a equipe como um todo e a isonomia salarial” também foi inferior com 64 (39,3%). 

Para finalizar as respostas da tabela 5, há a opção “outras” em que 3 (1,8%) dos participantes relataram “Arrogância da Medicina”; “Falta de respeito. Tive uma experiência que mostrou que os técnicos eram excluídos por pessoas que achavam eles inferiores”; “Falta de um profissional gestor que realizaria a integração dos diversos profissionais que atuam no cuidado”. Assim como na tabela 5, as respostas foram provenientes dos cursos de biomedicina e medicina.

Tabela 6 – Resposta da pergunta “Durante a graduação, em quais formas você acharia pertinente colocar em prática a interprofissionalidade?”. Passos, Minas Gerais, Brasil, 2023.

Alternativas

  Respostas

     

%

 

Discussão de casos clínicos com discentes/docentes de diferentes cursos da área da saúde

     

110

67,5

 

Participação de palestras organizadas por centros acadêmicos de outros cursos da área da saúde

     

85

52,1

 

Aulas com discentes/docentes de outros cursos da área da saúde

     

81

49,7

 

Participação em projetos de pesquisa de discentes/docentes de outros cursos da área da saúde   

     

76

46,6

 

Outras

     

04

2,45

 

Fonte: dos autores, 2023.

Na tabela 6 está disposto as respostas da pergunta “Durante a graduação, em quais formas você acharia pertinente colocar em prática a interprofissionalidade?”, em que o participante optava entre as cinco alternativas, podendo selecionar mais de uma opção, além da possibilidade da alternativa “outras” para discorrerem sobre o tema com suas próprias opinões e conhecimentos científicos.

A primeira alternativa “discussão de casos clínicos com discentes/docentes de diferentes cursos da área da saúde” obteve 110 (67,5%) de respostas, a segunda alternativa “participação de palestras organizadas por centros acadêmicos de outros cursos da área da saúde” com 85 (52,1%) das respostas. Posteriormente, colocamos a alternativa “aula com discentes/docentes de outros cursos da área da saúde” que obteve 81 (49,7%) de respostas e em “participação em projetos de pesquisa de discentes/docentes de outros cursos da área da saúde” obteve 76 (46,6%) de respostas. 

Na última alternativa foram 04 (2,45%) de respostas de modo que esses acrescentaram como pertinente as seguintes atividades práticas: “Reuniões interprofissionais na atenção à saúde”; “Práticas conjuntas”; “Estágios que permitam a convivência e integração com discentes de outros cursos” e “Estágio multiprofissional”. As respostas supracitasdas vieram dos questionários dos cursos de biomedicina e medicina.

DISCUSSÃO

Segundo Mello, Filho e Ribeiro (2010), é desejável que atividades complementares e de extensão sejam previstas em normas curriculares, uma vez que são necessárias na formação acadêmica. Dessa forma, faz-se notória a importância da descrição de atividades e de conteúdos programados nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação. 

demonstrando que os participantes do estudo possuem conhecimento acerca da temática. 

A tabela 1 ratifica o conhecimento demonstrado acerca da temática do estudo e demonstra que os participantes do estudo conseguiram relacionar o termo interprofissionalidade ao seu conceito supracitado. 

Dessa forma, a partir dos resultados analisados, percebe-se que apesar da fragilidade de suporte teórico acerca da Educação Interprofissional (EIP) na educação em saúde, os participantes demonstraram conhecimento sobre a importância da temática, porém, as respostas obtidas imprimem ainda uma necessidade de planejar e desenvolver estratégias para melhorar a implementação da EIP no ensino de saúde brasileiro (FREIRE FILHO; SILVA; COSTA; FORSTER, 2019).

A partir da tabela 2, observa-se que a Organização Mundial de Saúde e a Organização Panamericana da Saúde (OMS/OPAS), passou a estimular muitos países para adotarem a educação interprofissional, principal mente na formação de estudantes na área da saúde, de forma que auxilia na estimulação de relações interpessoais, no trabalho em equipe têm encorajado os países da América Latina e Caribe a adotarem a EIP na formação profissional. Isso porque sua metodologia estimula as relações interpessoais e interprofissionais, favorece o trabalho em equipe, amplia a efetividade das ações e aumenta a qualidade das ações em saúde (VIANA, Simone Beatriz Pedrozo; et al. 2021).

Analisa-se então, uma grande parcela dos participantes acredita na importância da interprofissionalidade. Destaca-se que esse tipo de abordagem é colaborativa e encontra-se em processo de implantação no Brasil, visa alcançar interação de duas ou mais profissões que trabalhando em conjunto trocam conhecimento e melhoram a qualidade do cuidado (MATTOS, Mússio Pirajá; et al.2020).

Análises da tabela 3 conduzem então a percepção de que a interprofissionalidade é baseada na colaboração de diferentes profissionais, executando uma ação planejada, interativa e compartilhada. Proporcionando um trabalho em equipe de qualidade com a junção de práticas e conhecimento junto a cooperação dos trabalhadores (DINIZ, Thania Maria; et al.2022).

Percebendo-se que a existência do dialogo no ambiente interprofissional é importante, pois fornece espaço a integração e reconhecimento do trabalho de toda uma equipe, proporcionando cuidado e humanização no local de trabalho. A comunicação eficaz entre os profissionais de saúde a presenta a segunda meta internacional de segurança do paciente (COIFMAN, Alyne Henri Motta; et al. 2021).

As necessidades de saúde de cada indivíduo e suas famílias necessita da associação do trabalho entre os membros de toda a equipe. Essa prática fortalece o sistema de estratégia de saúde trazendo melhores resultados assistências, profissionais de diferentes áreas proporcionam saúde integral aos pacientes, famílias e a comunidade como um todo, acarretando significativas oportunidades e melhorias (FERRAZ, Cecília Maria de Lima Cardoso; et al. 2022).

Algo que mostra que a educação interprofissional é um método que abrange um amplo espaço quanto as necessidades de saúde dos usuários e da comunidade. Procura levar equidade entre as profissões, educação e cuidados continuados. No entanto, como pode ser observado com a pesquisa, não é de conhecimento geral de todos os estudantes, assim, é destacado nas diretrizes curriculares nacionais a necessidade a preparação e desenvolvimento de projetos de ensino que busquem planos terapêuticos compartilhados, o aperfeiçoamento de habilidades e competências de comunicação, administração, gerenciamento e liderança. Tudo isso, para que nas futuras profissões de saúde exista um cuidado individual e especializado a cada paciente melhorando a qualidade do serviço, devido ao trabalho interprofissional (SOUZA, Mariana Passos de; et al. 2021).

No entanto, é notório que a educação baseada na interprofissionalidade proporciona o desenvolvimento de muitos aspectos aos profissionais, principalmente a liderança e a responsabilidade compartilhada. A integralidade exige a interação entre diferentes profissionais da saúde, nessa pratica de colaboração deve existir um bom diálogo, ética e liderança compartilhado, tudo obtendo o paciente como foco (TEIXEIRA, Rodrigo Andrade; et al. 2019).

O resultado da tabela 4, permite identificar que os pesquisados, em sua maioria, reconhecem que um espaço para compartilhar as experiências de cada profissão, compreendendo os deveres e atribuições de todos os integrantes da equipe, é significativo para a construção de uma equipe interprofissional permitindo, dessa forma, a qualificação nas práticas de cuidado (TOASSI, 2020).

A falta de adesão à essa resposta pode se dar por dúvidas, falta de atratividade ou devido ao caráter subjetivo da questão que foi abordado de forma distinta ao padrão das demais perguntas (MAIA, 2020; SOUSA, 2020). Ademais, os conflitos entre as profissões, citados nas respostas, ocorre pelas singularidades sociais e culturais de cada curso, além da falta de clareza quanto as atribuições específicas e compartilhadas de cada membro da equipe (MIORRIN,2020; SILVA, 2023).    

Com relação a tabela 5, identificamos que os participantes reconhecem a comunicação como obstáculo para o êxito na interprofissionalidade, porém, nas demais alternativas menos da metade das pessoas a identificaram como uma dificuldade. A comunicação, portanto, é imprescindível para a efetividade da assistência à saúde, estando relacionado a falhas no cuidado, eventos adversos, tradições e competitividade entre os profissionais (PEREIRA, 2021).  

Nesse âmbito, verifica-se novamente o conflito entre profissões com ênfase em suas hierarquias. Tal situação ocorre, pois, a tomada de decisões é estipulada por apenas um membro da equipe, enquanto outros não participam dessa função, causando estranhamento e os sentimentos de superioridade e inferioridade entre a equipe. Diante do exposto, a ética profissional e uma coordenação eficiente seriam fundamentais para mitigar os problemas relatados. (MIORIN, 2020; SILVA, 2023).

Para a análise dos resultados da tabela 6, devemos considerar que as atividades práticas permitem ao aluno participar de situações cotidianas na prática, ampliando as percepções acerca dos fundamentos teóricos e práticos, assimilando o conteúdo e compreendendo as necessidades da sociedade ao entrar em contato com ela. Dessa forma, ocorrem alterações importantes no ensino aprendizado do estudante, além de uma maior satisfação (MUSSE, 2021). 

As políticas públicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), referem a necessidade do atendimento interprofissional para garantir os seus princípios e o cuidado integral ao usuário. Entretanto, o ensino e o atendimento continuam voltados para o uniprofissional com poucos modelos de educação interprofissional. Ainda assim, há graduações que criaram e ofertam disciplinas optativas acerca desse tema para desenvolver as habilidades técnicas dos graduandos no trabalho em equipe e na assistência integral (MESTRINER, 2022).

CONCLUSÃO

Diante das informações coletadas, foi possível identificar, por meio da percepção dos discentes e docentes, que a interprofissionalidade é imprescindível durante a formação. Uma vez que vai proporcionar qualificação aos futuros profissionais a fim de melhorar o atendimento ao usuário e para toda a comunidade, além de possibilitar aos discentes e docentes conhecimento a cerca dessa temática. Sendo assim, o aperfeiçoamento das grades curriculares através de estágios interprofissionais e até mesmo disciplinas optativas para esse tema, são fundamentais para agregar conhecimento e tornar eficaz o atendimento interprofissional. Entretanto, percebe-se que ainda há cursos, como o de nutrição e educação física, que não possuem o termo em seu Projeto Político Pedagógico. Logo, torna-se necessário mais estudos nessa área, para ampliar a disseminação da interprofissionalidade nos cursos de graduação da área da saúde, para que o estudo acerca desse tema faça parte dos Projeto Político Pedagógico. Fornecendo, assim, conhecimento acerca do tema para os discentes e docentes.

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