DESAFIOS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA COMUNICAÇÃO COM PACIENTES SURDOS: REVISÃO DE ESCOPO

DESAFIOS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA COMUNICAÇÃO COM PACIENTES SURDOS: REVISÃO DE ESCOPO

CHALLENGES OF THE NURSING TEAM IN COMMUNICATION WITH DEAF PATIENTS: SCOPE REVIEW

DESAFÍOS PARA EL EQUIPO DE ENFERMERÍA EN COMUNICACIÓN CON PACIENTES SORDOS: REVISIÓN DE ALCANCE

Autores:

Cristian Carla Ferreira Moreira - Enfermeira. Graduada pela Faculdade Princesa do Oeste – FPO. ORCID: 0009-0001-8319-903X;

Carlos Alberto Cavalcante de Lima - Discente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. ORCID: 0000-0002-5225-4446

Rosângela Sousa Cavalcante - Enfermeira. Mestra. Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. ORCID: 0000-0001-8267-5674

José Zilmar de Sousa Vieira - Enfermeiro. Especialista. Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. ORCID: 0009-0000-8801-2628

Adriana Rodrigues de Sousa - Enfermeira. Mestra. Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. ORCID: 0000-0001-7377-1082

Ana Patrícia Timbó Batista Ribeiro - Enfermeira. Mestra. Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. ORCID: 0000-0002-7797-0713

Anne Lívia Cavalcante Mota - Enfermeira. Mestra. Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Princesa do Oeste – FPO.ORCID: 0000-0002-4701-5811

Maria da Conceição dos Santos Oliveira Cunha - Enfermeira. Doutora. Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. ORCID: 0000-0002-6805-6137

RESUMO

Objetivo: Mapear e sumarizar estudos que apontem os desafios da equipe de enfermagem na comunicação com pacientes surdos. Métodos: Trata-se de uma revisão de escopo. Os descritores usados: “Equipe de Enfermagem”; “Comunicação em Saúde” e “Pessoas com Deficiência Auditiva. A coleta de dados foi realizada em setembro e outubro de 2022 e estes, extraídos de maneira independente pelos dois revisores, por formulário desenvolvido pelos autores, seguindo as recomendações do Manual JBI. Resultados: Após análise e seleção dos estudos, chegou-se ao quantitativo final de 24 artigos, publicados entre 1998 a 2022, sendo as pesquisas descritas numa sequência cronológica em que foram evidenciados 24 estudos. Conclusão: Os profissionais de saúde ainda possuem limitações em comunicar-se por meio da Língua Brasileira de Sinais com os pacientes surdos, que necessitam  de acompanhante para facilitar a comunicação no processo de cuidar, e como barreira, o não saber LIBRAS para a assistência aos usuários surdos.

DESCRITORES: Comunicação; Enfermagem; LIBRAS; Surdo.

ABSTRACT

Objective: To map and summarize studies that point out the challenges faced by nursing staff in communicating with deaf patients. Methods: This is a scoping review. The descriptors used were: “Nursing Team”; “Health Communication” and “People with Hearing Impairment”. Data was collected in September and October 2022 and extracted independently by the two reviewers, using a form developed by the authors, following the recommendations of the JBI Manual. Results: After analyzing and selecting the studies, a final total of 24 articles were found, published between 1998 and 2022, with the research described in a chronological sequence in which 24 studies were found. Conclusion: Health professionals still have limitations in communicating through Brazilian Sign Language with deaf patients, who need a companion to facilitate communication in the care process, and as a barrier, not knowing LIBRAS to assist deaf users. 

DESCRIPTORS: Communication; Nursing; LIBRAS; Deaf.

RESUMEN

Objetivo: Mapear y resumir estudios que destaquen los desafíos que enfrenta el equipo de enfermería al comunicarse con pacientes sordos. Métodos: Esta es una revisión del alcance. Los descriptores utilizados: “Equipo de Enfermería”; “Comunicación en Salud” y “Personas con Discapacidad Auditiva. La recopilación de datos se llevó a cabo en septiembre y octubre de 2022 y los dos revisores la extrajeron de forma independiente, utilizando un formulario desarrollado por los autores, siguiendo las recomendaciones del Manual del JBI. Resultados: Después del análisis y selección de los estudios, la cantidad final fue de 24 artículos, publicados entre 1998 y 2022, con las investigaciones descritas en una secuencia cronológica en la que se destacaron 24 estudios. Conclusión: Los profesionales de la salud aún tienen limitaciones para comunicarse a través de la Lengua de Signos Brasileña con pacientes sordos, que necesitan un acompañante que facilite la comunicación en el proceso de atención, y como barrera, el desconocimiento de LIBRAS para atender a los usuarios sordos.

DESCRIPTORES: Comunicación; Enfermería; LIBRAS; Sordo.

Tipo de artigo: Revisão de Escopo

Recebido: 05/12/2024 Aprovado:12/12/2024

INTRODUÇÃO

A deficiência auditiva é um dos problemas sensoriais mais frequentes na  população. Estima-se que existam no mundo 278 milhões de pessoas com perda auditiva moderada ou profunda bilateral.(1) Já no Brasil, o levantamento do censo demográfico de 2010 identificou 9,8 milhões de pessoas de deficiência auditiva, representando 5,1% da população. Dentre esses, 1,3% estaria na faixa etária de zero a 14 anos, 4,2% na de 15 a 65 anos, e 25,6% na faixa de 65 anos ou mais.

Dessa forma, observa-se a importância da comunicação auditiva, que é fundamento de ideias que capacitam os profissionais a se direcionarem a pacientes que cheguem nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) que, por meio da comunicação total, possam ser atendidos através da Língua Brasileira de Sinais (Libras) , com atendimento humanizado e necessário para que haja a capacidade de compreensão e acesso da equipe de saúde ao paciente, atendendo no todo a sua necessidade.

De acordo com Soares et al.(2), essa comunicação se dá por meio da linguagem verbal, seja na sua forma oral (tentando fazer com que o usuário surdo consiga ler os lábios ou com a dependência de um acompanhante tradutor), ou na forma escrita. A Libras se dá providencias a condição da pessoa surda com os direitos de Lei nº 10.436/2002, provocando o serviço público ao direito ao atendimento adequado a todos, inclusive ao paciente surdo, legalizando a comunicação obrigatória para com o paciente que necessita de comunicação bilíngue.(3)

Sabendo que a comunicação é o ponto de partida para todo e qualquer atendimento, o profissional enfermeiro encontra dificuldades no atendimento dentro dos serviços de atenção à saúde, já que a língua de sinais (Libras) ainda não é efetivamente usada, ficando inviável a comunicação  entre paciente e profissional, tornando os pacientes vulneráveis a não serem compreendidos e assim impossibilitados de manifestar suas reais queixas .(8)

Dessa forma, objetivou-se em Mapear e sumarizar estudos que apontem fatores relacionados aos desafios          da equipe de enfermagem na comunicação com pacientes surdos.

MÉTODOS

Este é uma revisão de escopo, conduzida com base na estrutura metodológica desenvolvida pelo Instituto Joanna Briggs – JBI.(12) e no checklist Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-Sc).(13)

A revisão foi desenvolvida em cinco etapas: (1) identificação da questão da pesquisa; (2) levantamento de estudos relevantes, que viabilizem amplitude e abrangência da revisão; (3) seleção dos estudos, conforme critérios predefinidos; (4) mapeamento dos dados; e (5) apresentação dos resultados.(12-13)

Foram incluídos nesta revisão, estudos publicados em periódicos revisados por pares que atendam aos seguintes critérios de elegibilidade, organizado pela estratégia PCC (P – população; C – conceito; C – contexto).(12) Sendo, população “Equipe de Enfermagem” AND conceito “Comunicação em saúde” AND contexto “Pessoas com Deficiência Auditiva”.

As pesquisas bibliográficas foram realizadas nas bases de dados eletrônicas indexadas nacionais e internacionais (PubMed, Medline (via BVS), Lilacs (via BVS), Scielo e Bdenf através do Portal Periódicos da Capes), não havendo restrições de idioma ou data de publicação. Foram consultadas as fontes de literatura cinzenta Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) afim de encontrar publicações não convencionais.

De acordo com o PRISMA ScR a avaliação da qualidade metodológica dos estudos primários reunidos através de instrumento padronizado não constitui exigência. Sendo de acordo com as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR) Checklist foram adotadas na elaboração desta revisão de escopo.(13)

Sobre o mapeamento das informações, foi feito com base no instrumento do JBI para caracterizar as produções.(12) Foi produzido Quadros de extração que incluiu: autoria, periódico de publicação, país de origem, ano da publicação, objetivos, desenho, número da amostra e principais resultados.

A pesquisa, por tratar-se de uma revisão de escopo, não foi submetida ao comitê de ética em pesquisa por não se tratar de pesquisas primárias com seres humanos nem com dados confidenciais.

RESULTADOS

A partir da definição dos critérios, partiu-se para as buscas nas bases de  dados escolhidas. Ao todo, houve o retorno inicial de 104 (pesquisas originais) e  06 pesquisas (literatura cinzentas), totalizando n= 110. Após um processo de análise e seleção dos estudos, chegou-se ao quantitativo final de 24 artigos. Na  figura 1 a seguir é apresentado um fluxograma exemplificando todo o processo.

Figura 1 - Fluxograma do processo de busca e seleção das publicações de acordo com as recomendações do PRISMA-ScR.12 Crateús/CE, Brasil, 2023.

Fonte: Fluxograma PRISMA ScR (adaptado) do processo de seleção do estudo.

 

Quadro 2 - Caracterização dos estudos para revisão de Escopo. Crateús/CE, Brasil, 2023.

Autor

Título

Base de dados / Períodico

Ano/país

Idioma

 

Principais Desafios

Limitação da Pesquisa

01

Soares,  et al

How do I talk to you? The communication of the nurse with the deaf user

 

SCIELO /

Rev. Baiana enf

 

2018

Brasil

Português

 

O desconhecimento dos profissionais de saúde quanto à língua de sinais, não sendo bem compreendidos por meio de mimicas ou explicações visuais.

Os sujeitos do estudo foram profissionais apenas da Atenção Básica de Saúde. Além disso, foram selecionados apenas profissionais de enfermagem de nível superior, quando poderia ter sido considerada toda a equipe de enfermagem ou, melhor ainda, toda a equipe de saúde.

02

França, et al

Dificuldade de profissionais na atenção à saúde da pessoa com surdez severa

 

SCIELO /

Ciência Y enfermeria XXII

 

2016

Brasil

Português

 

Falta de autonomia do paciente, dificuldade na comunicação entre o paciente surdo e o profssional, falta de amparo estrutural para atender as necessidades do paciente.

A limitação do estudo está na não adoção de qualquer critério para dimensionar a amostra qualitativa, a não ser o reconhecimento de experiência clínica declarada pelos profissionais.

 

03

Martínez; Miranda;

Intervenciones de comunicación exitosas para el cuidado a la salud em personas com deficiência auditiva

 

SCIELO / Enfermeria Universitaria Eneo

 

2012

México

Espanhol

O desafio de compreender termos e a realidade abordada para desenvolver um concenso comum para qual a melhor conduta do enfermeiro na comunicação entre o paciente surdo-profissional.

 

Não foi descrita nenhuma limitação ao longo do trabalho.

04

Brito; Lavareda

O enfermeiro e os desafios da inclusão: outros “entrelugares” da formação e da prática profissional

 

LILACS /

Comun. ciênc.

Saúde

 

2015

Brasil

Português

 

A forma como os profissionais da área da enfermagem precisam se adequar as variações linguísticas existentes no território brasileiro.

Esse estudo deve ser analisado e refletido em diferentes abordagens, adequando-se as variações linguísticas.

 

05

Nepomuceno,

et al

Assistência de enfermagem a uma paciente surda hospitalizada: relato reflexivo de uma experiência

 

BDENF / Revista Enfermagem Atual Inderm

 

2022

Brasil

Português

Dois grandes desafios: programar os conhecimentos técnico-teóricos baseados em evidência científica estudados durante a graduação; e prestar uma assistência de alta complexidade para uma paciente surda.

Trata-se de um relato de caso, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

06

Sanches et al

The role of the nurse in relation to the deaf patient

 

BDENF / Revista Brasileira de ciências da vida

 

2019

Brasil

Português

O desconhecimento dos internos de enfermagem quanto à língua de sinais, bem como a sua aplicação na rotina de atendimentos.

Trata-se de um relato de caso, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

07

Marquete, et al

Comunicação com deficientes auditivos na ótica de profissionais de saúde

BDENF / Rev. Baiana Enferm

 

2018

Brasil

Português

A maioria dos profissionais de saúde não tem conhecimento em LIBRAS para atender os pacientes surdos que em sua grande maioria vão sozinhos aos consultórios.

 

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

08

Thomaz, et al

Acessibilidade do adolescente com deficiência auditiva aos serviços de saúde.

BDENF / Rev. Eletr. Enferm

2019

Brasil

Português

Falta de preparo dos atendentes aos pacientes surdos, bem como das unidades de saúde, causando assim contrangimento ao paciente e sua família, menorizando a saúde destes adolescentes.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

09

Aragão, et al

Access and communication of deaf adults: a voice silenced in health services.

BDENF / Rev. Pesquisa cuidado é fundamental on line

2014

Brasil

Português

A dificuldade de comunicação entre paciente surdo-profissional e a dependência de um ente familiar para a realização do atendimento com mais praticidade.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

10

Widner-Kolberg

Hard of Hearing Is Not Deaf

PUBMED / Revista on line AJN.

2014

EUA

Inglês

 

A perda auditiva afeta a segurança dos pacientes, bem como as atividades mais importantes da vida diária. Ao impedir a comunicação, a perda auditiva também contribui para sentimentos de solidão, depressão e isolamento.

Não possui limitação, pois se trata de um artigo de opinião.

11

Pendergrass, et al

Nurse practitioner perceptions of barriers and facilitators in providing health care for deaf american sign language users: a qualitative socio-ecological approach

PUBMED / Journal of the American Association of Nurse Practitioners

2017

EUA

Inglês

Os atendimentos são dificultados pela ausência do conhecimento dos profissionais de saúde quanto à língua de sinais.

 

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

12

Hickey, et al

Breast cancer education for the Deaf community in American Sign Language

PUBMED / Oncol Nurs Forum

2013

EUA

Inglês

A possibilidade de os assistentes sociais não saberem como cuidar de um utilizador surdo de ASL, bem como, a necessidade do entrevistador elucidar termos.

A prática real pode diferir da resposta do participante devido os seus empencilhos.

13

Funk; Mullen

CE: Original Research: Understanding the Hospital Experience of Older Adults with Hearing Impairment

PUBMED / Am J Nurs.

2018

EUA

Inglês

O conhecimento acerca do câncer de mama pelos entrevistados surdos era muito baixa devido a falta de conscientização que atendesse às necessidades desse grupo.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

14

Sheppard

Deaf adults and health care: giving voice to their stories

 

PUBMED / J Am Assoc Nurse Pract

2013

EUA

Inglês

O despreparo por parte dos profissionais de saúde e estabelecimentos médicos para atender pacientes surdos causam traumas emocionais que são levados por esses pacientes a vida toda.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

15

Gregory K, et al

Bridging communication gaps with the deaf

PUBMED / Nursing

2013

EUA

Inglês

A falta de comunicação clara e adequada para pacientes surdos ou com deficiência auditiva atrapalha no tratamento e na caracterização do paciente como pessoa capaz de tomar decisões.

Trata-se de um artigo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

16

Yuksel; Unver

 

Use of Simulated Patient Method to Teach Communication With Deaf Patients in the Emergency Department

PUBMED / Clinical Simulation in Nursing

2016

Turquia

Inglês

Os profissionais da área da enfermagem não estão preparados para atender pacientes surdos a partir do que é repassado academicamente.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

 

17

Lori J, et al

Promoting Best Practice for Perinatal Care of Deaf Women

PUBMED / Nursing for Women’s Health

2018

EUA

Inglês

As mulheres surdas grávidas não tem tanto conhecimento a respeito da sua condição devido a falta de material adequado, bem como, a utilização de técnicas de comunicação, por parte dos profissionais de saúde, muitas vezes com termos fora do entendimento da gestante, o que a deixa desamparada.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

 

18

Hemsley, et al

Caring for patients with complex communication needs: time as barrier and facilitator for successful communication in the hospital

MEDLINE / Revista J AN

2011

Austrália

Inglês

Falta de capacitação muitos enfermeiros relatam a dificuldade em atender pacientes surdos, precisando de um familiar para auxiliar, bem como o tempo de experiência desses profissionais interferiu diretamente na qualidade do serviço ofertado.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

 

19

Patak, et al

Improving patient-professional communication: a call to action

MEDLINE / Institutes Heakth of National

2009

EUA

Inglês

A falta de comunicação adequada entre profissionais da saúde e pacientes surdos levam a erros médicos, tratamentos prolongados e dificuldade de compreensão por ambas as partes.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

 

20

Finke, et al

A systematic review of nurse communication effectiveness with patients with complex communication needs focusing on the use of augmentative and alternative communication

MEDLINE / Journal of Clinical Nursing

2008

EUA

Inglês

A maioria dos profissionais da área da enfermagem não estão preparados para atender pacientes surdos, dificultando o seu cuidado. Poucos são os profissionais que utilizam técnicas, como lingua de sinais, para manter um atendimento de qualidade.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

21

Happ, et al54

Silence is not golden

MEDLINE / Institutes Heakth of National

2008

EUA

Inglês

Os centros médicos não estão preparados para atender as necessidades desses pacientes surdos

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

22

Nogueira

Planejamento familiar entre casais surdos: relato de uma metodologia educativa

Biblioteca de Tese / Tese Doutorado em enfermagem

Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, UFC

1998

Brasil

Português

O conhecimento de casais surdos quanto a métodos contraceptivos não é de qualidade remetendo assim a seu planejamento familiar, bem como, se sentem mais acolhidos quando estão em grupo para abordar esse assunto.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

23

Áfio

Tecnologia assistiva para educação de surdo sobre saúde sexual e uso do preservativo

Biblioteca de Tese / Tese Doutorado em EnfermagemFaculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, UFC

2019

Brasil

Português

A educação sexual para pessoas surdas ainda é pouco comum.

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

 

24

Silva

Vídeo educativo acessível sobre doação de sangue para surdos

Biblioteca de Tese / Tese Doutorado em

EnfermagemFaculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, UFC

2021

Brasil

Português

Pessoas surdas enfrentam barreiras de comunicação e linguística na educação em saúde e têm ficado à margem do processo de ensino-aprendizagem. Assim, captar e fidelizar esse público como doadores de sangue constituem empecilhos diante do desconhecimento e da dificuldade no entendimento do processo, ao passo que os hemocentros enfrentam escassez sanguínea todos os anos

Trata-se de um estudo pontual, não podendo ser tratado como verdade única, mas que deve ser analisado como um todo.

 

 

Fonte: Elaborado pelos autores com base na própria pesquisa 2023

Trata-se de uma lista de estudos relacionados aos desafios da equipe de enfermagem na comunicação com pacientes surdos no contexto dos serviços de saúde. Os artigos foram publicados entre 1998 a 2022, sendo as pesquisas descritas numa sequencia cronológica em que foram evidenciados 24 estudos.

Com relação aos Países que fizeram as pesquisas sobre a temática, destacamos: Brasil (11 estudos); Estados Unidos da América (10 estudos); México (01 estudo). Turquia (01 estudo) e Austrália (01 estudo). Alguns dos tópicos abordados nesses artigos incluem os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde na assistência a pacientes surdos, intervenções de comunicação bem-sucedidas e a acessibilidade dos serviços de saúde para adolescentes e adultos surdos.

DISCUSSÃO

A análise dos estudos revisados permitiu identificar dois grandes eixos temáticos relacionados à comunicação entre a equipe de enfermagem e pacientes surdos: as dificuldades na comunicação e as intervenções aplicadas para superar essas barreiras.

Dificuldades na comunicação com pacientes surdos.

Os resultados indicam que a maior dificuldade enfrentada pelos profissionais de enfermagem reside na falta de capacitação em Libras. Conforme destacado por Nepomuceno(14), essa limitação gera uma série de obstáculos que comprometem a qualidade e a segurança do atendimento, uma vez que os enfermeiros não conseguem se comunicar diretamente com os pacientes surdos. Este problema é ampliado pelo fato de que a Libras, apesar de ser reconhecida oficialmente como a segunda língua do Brasil pela Lei nº 10.436 de 2002, ainda não está incorporada de maneira obrigatória no currículo da maioria dos cursos de enfermagem e saúde.(10,15)

A ausência de preparo adequado na linguagem de sinais faz com que os profissionais de saúde frequentemente precisem recorrer a intérpretes ou a familiares dos pacientes, o que gera sérios desafios éticos e práticos. Conforme Sheppard16, essa dependência de terceiros não apenas compromete a confidencialidade das informações, mas também pode resultar em diagnósticos imprecisos e prescrições incorretas. Além disso, os pacientes surdos relatam frequentemente sentimento de frustração, exclusão e até vergonha durante os atendimentos, o que contribui para a relutância em buscar serviços de saúde.(9)

Estudos como o de França(10) indicam que a falta de comunicação eficaz pode gerar prescrições equivocadas e aumentar o tempo de atendimento. Brito e Lavareda15 observam que a presença de intérpretes, embora ajude a diminuir as barreiras, não garante um atendimento integral, uma vez que o paciente, muitas vezes, sente-se constrangido ao ter que expor suas questões na presença de um familiar ou outro mediador. Dessa forma, fica evidente que a formação dos profissionais de saúde precisa avançar para que o domínio da Libras seja integrado como uma ferramenta essencial no atendimento.

O estudo 01, que fizeram entrevista com 20 enfermeiros atuantes nas Unidades Básicas de Saúde no  estado de Alagoas,Brasil. Constatou na pesquisa  depoimentos sobre: “Desconhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais” e “Práticas utilizadas pelos enfermeiros para viabilizar a interação com usuários surdos”. E foi evidenciado com base nos depoimentos dos sujeitos da pesquisa, que todos os profissionais entrevistados relatarem não saber a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Alguns disseram que já tiveram contato superficial, mas nenhum a dominava.(23)

No estudo 02, que investigou as dificuldades de profissionais da saúde para a realização da consulta com a pessoa com surdez severa, no município de Campina Grande, Paraiba, em 2011. Dentre as dificuldades destacaram-se: comunicação prejudicada, déficit na formação de recursos humanos para a consulta e reconhecimento das necessidades de saúde, infraestrutura inadequada para acolhimento e atendimento ao surdo, incerteza com relação aos cuidados em saúde prescritos na consulta e prejuízo da autonomia do paciente.(10)

De acordo com pesquisadores no estudo  05, em que trazem informações sobre qualquer dificuldade e barreira de comunicação que podem comprometer a segurança do paciente, tendo em vista que é preciso existir uma comunicação clara para que qualquer tratamento terapêutico possa ser prescrito e implementado.(14)

Essa situação também foi verificada no estudo 02, no qual pesquisadores afirmam que os obstáculos para a interação entre o paciente surdo e o profissional impedem que haja prescrições seguras de tratamento, já que as dificuldades na comunicação podem gerar incertezas.(10)

O estudo 07, também traz essa condição da importância da comunicação ao longo dos atendimento. Nesse estudo pesquisadores descrevem como é abordado as relações e que somente a troca de informações, conhecimentos, experiências, proporcionam o autocuidado, a promoção, a prevenção, a recuperação e a reabilitação da saúde.(20)

Com isso, muitas vezes os termos utilizados não são bem esclarecidos ao paciente, bem como este, que se sente envergonhado e acaba mentindo devido à presença de um familiar, aumentando as chances de um tratamento não satisfatório. Logo, essa comunicação por interpretes inviabiliza também a sensação do paciente como indivíduo pertencente, já que ele fica como, “segunda voz” ao longo dos atendimentos. Brito e Lavareda,(15) no estudo  04, trazem informações quando dizem que apesar dos surdos valorizarem a presença, possuem ressalvas na confiança, tempo disponível, constrangimento e sentimento de piedade.

Outro estudo que traz a importância do profissional de saúde saber se comunicar com Libras é o estudo 08, em que é esclarecido que, diante das entrevistas que foram realizadas o atendimento foi considerado inadequado devido a falta de entendimento, impossibilitando o conhecimento real do problema, bem como dificulta a compreensão do surdo frente ás condutas terapêuticas que serão realizadas. Além disso, os pesquisadores também relatam que os entrevistados mostraram mais satisfação e alivio quando encontraram médicos e enfermeiros que soubessem se comunicar por Libras, chegando até a acalmar as crianças surdas, que se sentiram acolhidas.(19)

Sendo assim, essa falta de qualificação profissional foi observada em quase todos os estudos (22 artigos), podendo-se citar os estudos  20, 19, e 16, no qual exemplificaram as situações onde o atendimento foi realizado, no entanto com muita dificuldade.(27-28-29)

Com isso, não foi possível por parte dos profissionais de saúde aplicar seus conhecimentos acadêmicos, bem como, os pacientes não conseguiam entender o seu diagnóstico, o tratamento e nem repassar o que estavam sentindo, diminuindo a qualidade da consulta.  Marquete, et al.,(20) trouxe no estudo 07, dados em que foi evidente em seu experimento esse fato, no qual 96,5% dos profissionais de saúde relataram não saber se comunicar com Libras e 92,4% afirmaram não ter preparação para atender pessoas surdas.

Outra questão a respeito da lingua de sinais evidenciada pelos artigos, é a situação onde o desconhecimento não ocorre só pelos profissionais da área da saúde, mas também pelos próprios pacientes. Nepomuceno, et al.,(14) no estudo 05, trouxe a situação onde a paciente não conhecia o sistema de Libras, se comunicando por meio de sinais desenvolvidos pela família.

Com isso, é demonstrada a exclusão que muitos pacientes têm da vida social e que muitas vezes inviabiliza os atendimentos. Os estudos 22, 23 e 24 trazem esse debate também ao citarem como os surdos se sentem mais a vontade quando tem mais deficiêntes auditivos no ambiente, além da ausência de conhecimento sobre questões básicas como doação de sangue e métodos contraceptivos.(9)

Concomitantemente, a falta de preparo dos profissionais de saúde vai além da correlação do conhecimento em lingua de sinais, mas também da aceitabilidade e postura dos enfermeiros. No estudo 11, descreveram que os pacientes surdos se sentem ignorados por atendentes de saúde, além de enfermeiros relatarem que em alguns casos sabiam a lingua de sinais mas optaram por esperar um interprete ou um familiar para realizar o procedimento.(22) 

Intervenções aplicadas na comunicação com pacientes surdos

No que tange às intervenções, os estudos revisados apontam várias abordagens utilizadas para tentar mitigar as barreiras de comunicação entre profissionais de saúde e pacientes surdos. A utilização de intérpretes de Libras aparece como uma solução frequentemente adotada, mas, conforme observado por Soares et al.(2), essa prática traz consigo desafios, como a dependência de familiares que nem sempre são intérpretes capacitados. Brito e Lavareda15 ressaltam que essa solução, embora prática, pode comprometer a precisão da comunicação e a autonomia do paciente, uma vez que muitos termos técnicos de saúde podem não ser adequadamente traduzidos.

Além disso, autores como Funk e Mullen(17) sugerem o uso de tecnologias assistivas, como vídeos educativos e aplicativos de comunicação visual, para ajudar a melhorar o entendimento dos pacientes surdos em temas de saúde, como campanhas de doação de sangue e educação sexual. Esses recursos têm mostrado eficácia em situações específicas, mas, como apontado por Hubbard et al.,(18), o uso exclusivo dessas tecnologias não substitui a necessidade de uma comunicação direta e eficaz por parte dos profissionais de saúde.

De fato, o estudo de Nepomuceno et al.,(14) revela que o uso de intérpretes e de recursos visuais, embora auxiliares, não garante a plena eficácia do atendimento. É fundamental que os profissionais dominem a Libras para proporcionar uma comunicação mais clara e precisa, sem depender de intermediários. Thomaz et al.,(19) também reforçam a importância do uso de Libras para garantir a autonomia do paciente surdo e preservar sua privacidade durante o atendimento, sem o constrangimento de depender de terceiros.

Outro ponto de destaque é o impacto positivo que a capacitação em Libras tem no bem-estar dos pacientes. Segundo Marquete et al.,(20) pacientes que foram atendidos por profissionais capacitados em Libras relataram uma maior sensação de acolhimento e confiança, especialmente em contextos que envolvem crianças e gestantes surdas(18). Esses dados evidenciam a necessidade de políticas que incentivem não só o treinamento técnico, mas também a promoção de um atendimento empático e inclusivo.

Ademais, é necessário destacar que as outras medidas citadas nos estudos, tais como: recursos visuais e os interpretes, trazem um atendimento um pouco melhor, no entanto não superam a qualidade que o conhecimento em Libras traz, pois como citado anteriormente, o uso de interpretes, não exclui as chances de o paciente mentir por vergonha, bem como, tem altas chances de desenvolver enganos ao passarem tratamentos, na triagem do paciente, entre outras situações.(19)

Logo, o uso dos recursos visuais, como vídeos educativos, auxilia na compreensão de um assunto e promove a conscientização, mas não dinamiza o atendimento, já que as formas de comunicação ainda estão bloqueadas. Por isso, é necessário utilizar essas medidas visuais atreladas ao uso de Libras. Os estudos 13, 17, 23 e 24, trazem esse conceito, já que todos estudam como as formas de conscientização, por meio de videos e fotos, trazem conhecimento aos indivíduos surdos, sobre doação de sangue, educação sexual, câncer de mama e gravidez.(17–18, 24-25)

CONCLUSÃO

Os resultados desse trabalho mostraram que a equipe de enfermagem frequentemente enfrenta barreiras na comunicação com pacientes surdos, como falta de treinamento adequado em língua de sinais e falta de equipamentos de comunicação assistiva. Além disso, os pacientes surdos muitas vezes relatam experiências negativas em relação à comunicação com a equipe de enfermagem, incluindo sentimentos de exclusão e falta de compreensão.

Diante desses desafios, alguns estudos sugerem estratégias para melhorar a comunicação com pacientes surdos, como a utilização de intérpretes de língua de sinais, o uso de equipamentos de comunicação assistiva e o aumento da conscientização e treinamento da equipe de enfermagem sobre as necessidades específicas dos pacientes surdos.

REFERÊNCIAS

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           5.SOARES IP, Lima EMM, Santos ACM, Ferreira CB. Como eu falo com você? A comunicação do                        enfermeiro com o usuário surdo. Rev baiana enferm. 2018;32:e25978.

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