COVID-19, EQUIPE DE ENFERMAGEM E SAÚDE MENTAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

COVID-19, NURSING STAFF AND MENTAL HEALTH: AN INTEGRATIVE REVIEW

COVID-19, PERSONAL DE ENFERMERÍA Y SALUD MENTAL: UNA REVISIÓN INTEGRADORA

RESUMO

Objetivo: Identificar o impacto da covid-19 na saúde mental dos profissionais de enfermagem que atuam no isolamento contra Covid-19. Método: Trata-se de revisão integrativa da literatura, realizada nas bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na biblioteca Scientific Electronic Library Online (SciELO), do período de 2020 a 2022, por se tratar do pico do período pandêmico. A análise dos dados foi realizada de forma descritiva. Resultados: A amostra foi composta por 15 artigo. Observou-se que os profissionais de enfermagem foram bastante afetados pelo cenário pandêmico, sendo que, destaca-se os problemas psicológicos e mentais. Entretanto, conseguiram construir estratégias de enfrentamento individuais e coletivas. A equipe de enfermagem trabalha na linha de frente, lidando diariamente com o medo do desconhecido, da exposição, do contágio, do medo e inseguranças. Conclusão: O trabalho dos profissionais de saúde é fundamental para a qualidade de vida da população, e por isso, é imprescindível o acompanhamento dos fatores estressantes que configuram risco para a saúde mental desses profissionais, como as condições de trabalho, carga horária extensa, pouco suporte psicológico e contato direto com infectados. Identificando as táticas de enfrentamento utilizadas para a manutenção da saúde mental dos profissionais de enfermagem, de modo a contribuir para o bem-estar físico e mental deste grande grupo.

DESCRITORES:  Enfermagem; Covid-19; Pandemia; Saúde mental.

INTRODUÇÃO

A doença causada pelo novo coronavírus (abreviada como Sars-CoV-2 ou COVID-19), a COVID-19, repercutiu uma pandemia de difícil controle. O cenário inicial foi Wuhan, na China, no período de dezembro de 2019, porém logo em março de 2020 já havia casos confirmados em todos os continentes1. No Brasil, o primeiro caso de COVID-19 foi identificado em 25 de fevereiro de 2020, e de acordo com os dados do Ministério da Saúde, em agosto, o país já registrava 3.057.470 confirmados e 101.752 mortos, ocupando o segundo lugar em números absolutos no mundo 2.

Desde a pandemia da influenza H1N1, a Covid-19 passou a ser uma das mais severas síndromes respiratórias, não sendo apenas um fenômeno biológico, mas também um evento que afetou a sociedade em todos os seus níveis de intensidade e propagação. Uma das consequências da pandemia foi o desencadeamento de crises na saúde pública, tanto em países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos, bem como o agravamento da necessidade por assistência imediata, que sobrecarregou todos os níveis de atenção principalmente o terciário (hospitalar, medicina intensiva) 3-5.

A enfermagem, diante do cenário pandêmico, sobressaiu-se como profissão e emergiu como prática social. Essa prática reúne os elementos que compõem a vida humana nos seus múltiplos aspectos e visa à prevenção, promoção e reabilitação da saúde. Os profissionais de enfermagem compreendem a maior categoria profissional da área hospitalar e a mais presente junto ao paciente, com protagonismo dos profissionais da enfermagem, sejam eles, enfermeiros ou técnicos de enfermagem. Logo, este grupo está mais suscetível aos mais diversos impactos, inclusive psicológicos, devido a atuação na linha de frente6.

O crescimento do número de casos de coronavírus e o alto poder de contágio que a doença apresentou fez com que muitos profissionais de saúde se contaminassem e, até mesmo, adoecessem psiquicamente devido à vulnerabilidade da sua prática e alta responsabilidade frente a vida do outro. Além disso, o caráter inédito do distanciamento e isolamento social simultâneo, além dos elementos já citados, fez com que a pandemia recebesse o nome de ‟pandemia do medo e do estresse”, com alta prevalência de efeitos psicológicos negativos, especialmente a irritabilidade, a raiva, medo, insônia e a tristeza 7.

A vivência dos profissionais da saúde que atuam em contexto hospitalar durante a pandemia tem sido alvo de pesquisas visto ter se tratado de uma situação extrema. Também tem sido utilizada para aprofundar investigações sobre a saúde mental desses grupos, com especial interesse nos reflexos no cotidiano dos serviços de saúde 1.

Dessa forma, o objetivo desse estudo foi identificar qual o impacto que trabalhar em um setor hospitalar de isolamento para a Covid-19 pode causar na saúde mental dos profissionais da enfermagem. Justifica-se a relevância deste estudo, considerando a problemática apresentada frente ao cenário atual e o grande impacto na saúde mental de profissionais de enfermagem, bem como a necessidade de se construir estratégias de cuidados para os profissionais da saúde, visando criar meios de cuidar de quem tem dedicado o seu cotidiano a cuidar da vida e saúde do próximo.

MÉTODO

Revisão integrativa da literatura, realizada em dezembro de 2022 e organizada em seis etapas:  formulação da questão de pesquisa, busca bibliográfica, extração de dados, avaliação crítica, análise e sumarização dos estudos e síntese do conhecimento8.  Esta revisão foi redigida seguindo as recomendações do checklist Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta Analyses (PRISMA)9.

Desenhou-se a seguinte pergunta norteadora: “qual o impacto que trabalhar em um setor hospitalar de isolamento para a Covid-19 pode causar na saúde mental dos profissionais da enfermagem?” Os descritores utilizados foram Saúde mental, Covid-19, Profissional de saúde, Enfermagem e Pandemia, oriundos do Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).  

A busca bibliográfica foi realizada na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na biblioteca Scientific Electronic Library Online (SciELO), sendo incluídos artigos científicos que estivessem disponíveis na íntegra gratuitamente, em português, relacionados ao tema, de modo que atendessem ao objetivo da pesquisa e que correspondessem ao período de 2020 a 2022, por se tratar do momento  pandêmico. Foram excluídos do estudo capítulos de livros, teses, ou, ainda, textos não científicos. Os artigos duplicados foram contabilizados apenas uma vez.

A análise dos dados ocorreu de forma descritiva e os resultados são apresentados em um fluxograma e em quadros. Respeitaram-se os aspectos éticos, com citação fidedigna das fontes e definições dos autores

RESULTADOS

A partir da pesquisa nas bases de dados, foram encontrados 60 artigos, sendo 40 artigos na LILACS e 20 artigos na SciELO, conforme a Figura 1. A amostra foi composta por 15 publicações.

Figura 1- Fluxograma de seleção dos artigos. Porto Alegre, RS, Brasil, 2025.

Fonte: elaborado pelos autores, 2022.

Após a análise dos títulos e leitura minuciosa dos resumos desses artigos selecionados e, aplicados os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 15 artigos que respondiam ao objetivo da pesquisa (QUADRO 1).

Quadro 1 - Caracterização dos estudos segundo autoria, ano de publicação e título. Porto Alegre, RS, Brasil, 2025.

N

Autoria

Ano de publicação

Título

1

Dantas ESO 1

2021

Saúde mental dos profissionais de saúde no Brasil no contexto da pandemia por Covid-19

2

Teixeira et al 10

2020

A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid- 19

3

Duarte MLC, Silva DG, Bagatini MMC 11

2021

Enfermagem e saúde mental:

uma reflexão em meio à pandemia de coronavírus

4

Souza et al 12

2021

Trabalho de enfermagem na pandemia da covid-19 e repercussões para a saúde mental dos trabalhadores

5

Heliotério et al. 13

2020

Covid-19: por que a proteção da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde é prioritária no combate à pandemia?

6

Oliveira e Soares 14

2020

O impacto da pandemia de covid-19 na saúde mental das equipes de enfermagem no brasil e o enfrentamento frente a este desafio: revisão integrativa.

7

Nascimento et al 15

2021

Estratégias de enfrentamento para manutenção da saúde mental do trabalhador em tempos de Covid-19: Uma Revisão Integrativa.

8

Bezerra et al 16

2020

O impacto da pandemia por covid-19 na saúde mental dos profissionais da saúde: revisão integrativa

9

Silva et al 17

2020

A saúde mental dos profissionais de saúde no contexto do covid-19

10

Nabuco, Oliveira e Afonso 18

2020

O impacto da pandemia pela COVID-19 na saúde mental: qual é o papel da Atenção Primária à Saúde?

11

Moser et al 19

2021

Saúde mental dos profissionais da saúde na pandemia do coronavírus (Covid-19)

12

Horta et al 20

2021

O estresse e a saúde mental de profissionais da linha de frente da COVID-19 em hospital geral

13

Santos et al 21

2021

Depressão e ansiedade em profissionais de enfermagem durante a pandemia da covid-19

14

Queiroz et al 22

2021

‘NOVO‟ da COVID-19: impactos na saúde mental de profissionais de enfermagem?

15

Nazar et al 23

2022

Quem cuida de quem cuida? Levantamento e Caracterização da saúde mental de profissionais da Saúde frente à pandemia do covid-19

Fonte: elaborado pelos autores,2022.

        A partir da leitura minuciosa dos artigos incluídos no estudo, os dados foram agrupados e emergiram-se duas categorias temáticas: os impactos da pandemia da Covid-19 na saúde mental dos profissionais de enfermagem e as estratégias de enfrentamento para manutenção da saúde mental.

        Os estudos apontaram uma série de impactos negativos causados pela pandemia comprometendo a saúde mental de toda a equipe. Por outro lado, muitos profissionais conseguiram identificar essa problemática e construíram estratégias de enfrentamento individuais e coletivas.

DISCUSSÃO

        A discussão será a presentada conforme as categorias temáticas.

Os impactos da pandemia por COVID-19 na saúde mental dos profissionais de enfermagem

Os estudos apontam que quando se trata dos impactos causados pela pandemia por COVID-19 na saúde mental dos profissionais de enfermagem, vale ressaltar que toda a equipe de enfermagem é exposta durante a jornada de trabalho, pois está em contato direto com o paciente. Além disso, cada trabalhador que adoece torna-se um risco para a população, seja pela possibilidade de contaminar os indivíduos com os quais convive (como sua família), mas também porque se torna um trabalhador a menos, pela necessidade do afastamento/isolamento, o que consequentemente ocasionará uma sobrecarga maior aos demais profissionais os quais continuaram na luta contra o vírus10,11.

A equipe de enfermagem trabalha na linha de frente, lidando a diariamente com o medo do desconhecido, da exposição, do contágio e inseguranças. Diante deste cenário de calamidade vários protocolos, manuais e mudanças foram realizados de forma abrupta e instantânea em diversos setores assistenciais. A necessidade de se adaptar muito rapidamente potencializou as demandas psicológicos e síndromes laborais desta categoria, que rapidamente precisou assumir o compromisso ético da sua profissão, prestar o cuidado em saúde, para uma doença sem tratamento, mesmo que pudesse se tornar um risco para si mesmo6.

É relevante ressaltar que no ano de 2020 o país contava com 2.305.946 profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Enfermagem24, formando uma classe de número muito significativo. Destes, muito trabalham em ambiente hospitalar submetidos a experiências intensas, lidando de forma exaustiva com o medo, a dor, o sofrimento, a morte e as recuperações. Diante deste cenário reforça-se o surgimento de sofrimentos emocionais, observa-se que a depressão, isolamento, ansiedade e medos são alguns dos problemas mais evidenciados25.

Além disso, no período pandêmico as internações hospitalares aumentaram de forma significativa, gerando preocupações com o colapso da saúde e com a saúde daqueles que cuidam26. A preocupação se estendeu aos profissionais de enfermagem, pois esses apresentaram altos níveis de ansiedade e depressão. Diante desse contexto, a OMS alertou sobre a proteção dos profissionais de unidades de internação quanto ao estresse crônico, sinalizando o possível impacto na saúde mental desses indivíduos, e consequentemente poderiam provocar o comprometimento da realização de suas atividades diárias 27.

Os impactos da pandemia são de larga escala, pois além das demandas antigas há alto risco de contaminação pelo novo vírus, a possibilidade de contaminar algum familiar, a falta de equipamentos de proteção individual (EPI), além dos problemas éticos que potencializam o sofrimento psíquico dos profissionais que atuam na linha de frente, impactando dessa forma a saúde mental dos profissionais12,13,16.

Tendo em vista esses fatores, cabe mencionar, que os sintomas físicos relacionados à COVID-19 estão presentes de forma média a severa, destacando-se: a ansiedade (28,8%), depressão (16,5%) e estresse (8,1%) respectivamente16. Quando se fala de outras doenças, que podem ser causadas pelos altos níveis de desgaste profissional cita-se: a hipertensão arterial, náuseas, doenças cardiovasculares, entéricas e prejuízos ao sono 28.

Diante disso, salienta-se que o grupo mais propenso a desenvolver desequilíbrios físicos, emocionais e mentais é o grupo das mulheres, pelo fato de serem maior número na enfermagem e de terem mais tarefas externas, como afazeres domésticos, cuidado com filhos e família, além de muitas vezes terem mais de um serviço16,17. Ainda que não seja o objetivo dessa pesquisa, é inegável que os maiores índices de adoecimento das mulheres e a sobrecarga feminina se relacionam com questões estruturais mais profundas sobre as relações de gênero no Brasil.

Evidenciou-se que profissionais que acompanharam pacientes infectados, principalmente de unidades de internação, emergências e UTIs foram submetidos a vários fatores estressores, apresentando duplo risco: comprometimento físico e mental. O contato direto com a morte desenvolveu, em alguns casos, o estresse pós-traumático (TEPT), por esse motivo, foi necessário desenvolver maneiras de amenizar a dor e sofrimento em relação ao desconhecido18.

Outra situação fortemente abordada nos estudos foi o medo incessante de mudar de condição de profissional para paciente, devido às contaminações e mortes de colegas, evidenciado a sobrecarga emocional e os desajustes na saúde mental desses profissionais.

O trabalho do profissional de enfermagem recebeu destaque no período pandêmico, pois essa classe trabalhava sem suporte adequado, uma vez que havia escassez de equipamentos de proteção, falta de medicamentos para tratamento específico, falta de ventiladores e até mesmo de oxigênio, levando o grupo ao extremo estresse. A escolha sobre as prioridades no atendimento de pacientes, frente a falta de recursos técnicos ou humanos, ocasionou o surgimento de sentimentos de cobrança, prejudicando a atuação diária em unidades de internação e de terapia intensiva29.

Frente a esse necessário, entretanto, os profissionais de enfermagem foram construindo suas estratégias de enfrentamento, buscando saídas no cotidiano para as adversidades aqui citadas, as quais serão tratadas abaixo.

Estratégias de enfrentamento para manutenção da saúde mental dos profissionais de enfermagem

A preservação da saúde mental dos trabalhadores da enfermagem no contexto pandêmico foi uma tarefa difícil, porém essencial para a preservação da saúde mental dos trabalhadores. O bem-estar dos profissionais de enfermagem era um aspecto fundamental para que os serviços de saúde continuassem operando, era urgente, portanto, a construção de estratégias de enfrentamento a fim de manter ou recuperar a saúde mental e fortalecer o trabalhador que convive direto com o paciente15,20,23.

É importante destacar que a comunicação e a interação interpessoal são atitudes de enfrentamento que ajudam a promover um bem-estar aos profissionais de enfermagem, pois o apoio em equipe impede a individualização, à competitividade e à insegurança17.

A comunicação clara e direta é uma ferramenta de enfrentamento imprescindível, pois falar sobre o que se sente e como se sente nesse período de incertezas e dores é terapêutico. Uma outra estratégia utilizada foi realizar a mudança do ambiente e do aspecto de trabalho, porém todas essas mudanças ocorreram com auxílio da equipe para que promovesse o bem-estar a todos os envolvidos17.

A política de atenção à saúde mental, apesar de precária em certos pontos, tem o potencial de atender situações emergentes como a vivida pelos profissionais de enfermagem, principalmente aqueles que trabalharam em unidades de internação tendo vivência direta com pacientes infectados com COVID-1915.

O acolhimento das demandas dos profissionais de saúde e a atenção à promoção da saúde mental prevê que deverão surgir planos e ações imediatas para rastrear e tratar casos de depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, ideação suicida e outros agravos. É preciso que seja garantida uma assistência emocional contínua, pois sinais e sintomas podem perdurar por meses ou anos, provocando a exaustão emocional1.

É de grande valia que sejam encontradas estratégias eficazes para lidar com o estresse, impactando os resultados positivos para a saúde mental. O apoio social pode proteger o indivíduo de condições estressantes e de um estado de saúde precário 30. Dentro deste contexto, surge a atuação dos gestores dos serviços de saúde, pois não são responsáveis somente pelo cuidado com o serviço em si, mas principalmente com os funcionários.

Os gestores desenvolveram estratégias de enfrentamento como: levar a sério o estresse psicológico, transmitir apreciação, promover o autocuidado e ofertar apoio profissional a fim de minimizar os impactos na saúde mental. Além disso, foi necessário criar ferramentas e fluxos que permitiram prevenir e promover a saúde mental dos profissionais de saúde, bem como identificar precocemente quaisquer demandas psíquicas desta categoria 31.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio desse estudo, foi possível evidenciar os principais impactos causados pela COVID-19 e as formas de enfrentamento dos profissionais da enfermagem para uma melhor qualidade de vida.

Dentro deste contexto, várias estratégias de enfrentamento para preservação da saúde mental dos profissionais foram adotadas, tarefa difícil, visto que a saúde mental destes trabalhadores se encontrava desestabilizada. Uma das práticas importantes foi o incentivo à comunicação interpessoal, além da necessidade do surgimento de planos e ações imediatas para rastrear e tratar casos de depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, ideação suicida e outros agravos. Ações essas que visaram uma assistência emocional de qualidade, de modo que pudesse garantir um cuidado aquele que cuida.

Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir na implementação de ações de enfrentamento e medidas eficazes e imediatas para que a saúde mental dos profissionais de enfermagem seja preservada e cuidada. Este trabalho pode contribuir para que sejam desenvolvidas ações para a melhoria na qualidade da assistência a essa população tão significativa em número e importância.

Por fim, destaca-se que futuros estudos poderiam investigar os impactos a médio e longo prazo da COVID-19 na saúde mental de enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuaram na linha de frente, bem como expandir a investigação a outras categorias da área da saúde.

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