“Eu me sinto tipo invadida”: Vivências com o exame papanicolau e o cuidado de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.36489/nursing.2023v26i296p9232-9245Palavras-chave:
Exame Papanicolau, Cuidados de Enfermagem, Educação em saúdeResumo
Objetivo: compreender vivências e sentidos atribuídos pelas mulheres ao exame Papanicolau e ao cuidado de Enfermagem. Métodos: um estudo com abordagem qualitativa do tipo retrospectivo realizado entre os meses de outubro e novembro de 2019 na Atenção Primária à Saúde de Fortaleza, Ceará. Foram entrevistadas 24 mulheres, tendo como critérios de inclusão ter idade igual ou superior a 18 anos, usuárias da Unidade Atenção Primária em Saúde há pelo menos um ano e que tenham realizado prevenção anteriormente com a(o) enfermeira(o). Os dados foram coletados pela entrevista semiestruturada tiveram seus conteúdos analisados em categorias. Resultados: com base nos dados, foi possível perceber que as mulheres tinham idade de 20 a 66 anos, ensino fundamental à pós-graduação. Realizaram o exame há um ano. Buscaram-no para prevenção de doenças e atendimento a queixas. Desconheceram a relação com prevenção do câncer de colo uterino. Destacaram a invasão do exame ao corpo. Relataram ansiedade, nenhum esclarecimento, dificuldades de vínculo, conforto e segurança. Para elas a Enfermagem não possui competência para realização do exame. Conclusão:o estudo possibilitou o conhecimento dos motivos e sentimentos sobre o exame. Recomendam-se estudos avaliativos na Atenção Básica que produzam evidências necessárias à melhoria da gestão do cuidado à mulher.