ADESÃO AO PRESERVATIVO MASCULINO: REALIDADE COMPORTAMENTAL E CONHECIMENTO DE UNIVERSITÁRIOS

Resumo

Estudos científicos demonstram que, apesar de homens e mulheres saberem a função do preservativo na prevenção de IST e gravidez, várias situações dificultam o seu uso, entre elas, a ideia de que o preservativo é apenas um método contraceptivo; de que ele interfere no prazer; a faixa etária; relacionamento de longa data, e o tipo de relação afetivo-sexual a qual as parcerias estão vinculadas. É comum a rejeição do uso do preservativo e, a subutilização pode estar associada, com a conquista de uma relação estável que, tendenciosamente muitos traduz em fidelidade sexual, agregando-lhe riscos iminente. OBJETIVO: Descrever o conhecimento e comportamentos que motivam universitários sobre a adesão ao preservativo masculino.  METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa, sendo pesquisados 136 estudantes de uma Universidade Pública, no interior de Mato Grosso, no segundo semestre de 2022, através de um questionário desenvolvido pelos pesquisadores, sendo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa 2.062.048. RESULTADOS: A média de idade dos estudantes foi de 20 anos, maior parte dos entrevistados relatam ser heterossexuais (76,5%); a maioria teve a primeira relação sexual aos 17 anos, sendo que 33,5% não usaram camisinha. Identificou-se que 85% relatam que utilizam a camisinha para evitar gravidez, 92,5% para prevenção de IST, 48,5% deixaram de ter relação sexual com penetração por não ter preservativo; 84% dos entrevistados não utilizaram por não terem conseguido colocar e 54% disseram que tinham camisinha e não utilizou no ato sexual. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciou que os universitários precisam refletir sobre o aprendizado, comportamento, adesão e percepções sobre o uso da camisinha masculina. Faz-se necessário repensar a educação sexual para melhor instrumentalizar adolescentes e jovens quanto as atitudes de vulnerabilidade, bem como as possíveis consequências.