Violência obstétrica na percepção de puérperas
DOI:
https://doi.org/10.36489/nursing.2020v23i265p4221-4232Palavras-chave:
Enfermagem Obstétrica, Puerpério, Violência Contra a Mulher, Saúde da MulherResumo
Este artigo objetiva analisar a percepção de puérperas a respeito da violência obstétrica em uma maternidade de um município paraibano. Trata-se de um estudo de campo, descritivo, com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 132 mulheres. A coleta de dados foi realizada no mês de fevereiro de 2019. Os dados foram analisados e apresentados em forma de tabelas, tabulados e analisados no pacote estatístico Statistical Package for the Social Sciences, versão 21, sendo todos discutidos í luz da literatura pertinente ao tema e outros trabalhos publicados na área. Em meio aos questionamentos quanto á violência obstétrica, 79 (59,8%) relataram não conhecer o termo "violência obstétrica"; 126 (95,5%) puérperas expuseram que não receberam informações sobre violência obstétrica no acompanhamento do pré-natal, quando questionadas, 121 (91,7%) dessas não narraram nenhum episódio. Dentre as participantes 97 (73,5%) pronunciaram que acham que o uso de ocitocina é um tipo de violência; a episiotomia foi considerada por 48 (36,4%) das mulheres como um tipo de violência obstétrica. Os dados alertam que a falta de informações no pré-natal pela equipe de enfermagem pode levar a consequências maiores como a violência obstétrica.