CONFECÇÃO DO POP DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO NA PASSAGEM DE CATETERISMO VESICAL DE DEMORA

CONFECÇÃO DO POP DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO NA PASSAGEM DE CATETERISMO VESICAL DE DEMORA

PREPARATION OF INFECTION PREVENTION SOP WHEN PASSING DELAYED BLADDER CATHETERISM

PRODUCCIÓN DE POE DE PREVENCIÓN DE INFECCIONES DURANTE EL CATETERISMO VESICAL

Autores

Brisa Emanuelle Silva Ferreira (ORCID iD: 0000-0001-5514-5475): Enfermeira, graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2011), Doutoranda em Gestão e Educação pela UFMG. Atualmente é professora no Centro Universitário de Belo Horizonte.

Alberto Mendes Lopes (ORCID iD: 0009-0002-5160-0623): Graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH).

Bárbara Marques da Silva (ORCID iD: 0009-0000-7935-4247): Graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH).

Camille Maia dos Anjos (ORCID iD: 0009-0008-3397-166X): Graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH).

Igor Fernando Silva (ORCID iD: 0009-0002-2925-4576): Graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH).

Isabela Lopes Silveira (ORCID iD: 0009-0002-6104-7526): Graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH).

Elisa Lima e Silva (ORCID iD: 0000-0001-7081-1173): Enfermeira, graduada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (2016) - Bacharelado. Especialista em Terapia Intensiva para Enfermeiros pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2018). Mestre em Cuidar em Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (2021). 

Claudirene Milagres Araújo (ORCID iD: 0000-0003-0241-4445): Enfermeira e docente. Mestre pelo programa de Saúde da Criança e do Adolescente (Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2013), especialista em Controle de Infecção Hospitalar (Universidade Católica de Minas Gerais)

RESUMO

Objetivo: identificar principais erros na técnica de cateterismo vesical de demora (CVD), ressaltando a importância do enfermeiro seguir o código de ética e elaborar o procedimento operacional padrão (POP) para levar ao maior público de profissionais Enfermeiros o passo a passo correto da passagem do CVD, visando minimizar os riscos para o paciente e as possíveis infecções provenientes do cateterismo. Método: Trata-se de um relato de experiência dos acadêmicos de enfermagem na criação de um POP em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região metropolitana de Belo Horizonte. Resultados: a UPA implementou como diretrizes para os novos funcionários a leitura do POP, sendo uma maneira de ambientação na área hospitalar e continuando o processo do cuidado, além de palestra para capacitação da equipe. Conclusão: A implementação de POPs é crucial para reduzir infecções urinárias e promover a segurança dos pacientes com potencial para inspirar melhorias contínuas nas práticas nas UPA’s.

DESCRITORES: Cateterismo urinário, Profissionais de Enfermagem, Saúde, Infecções Urinárias, Assepsia 

ABSTRACT

Objective: To identify the main errors in the technique of indwelling urinary catheterization (IUC), emphasizing the importance of nurses following the code of ethics and developing the standard operating procedure (SOP) to provide the largest possible audience of nursing professionals with the correct step-by-step guide to inserting the IUC, aiming to minimize risks to the patient and possible infections resulting from catheterization. Method: This is an experience report of nursing students in creating a SOP in an Emergency Care Unit (UPA) in the metropolitan region of Belo Horizonte. Results: The UPA implemented the reading of the SOP as guidelines for new employees, as a way of familiarizing themselves with the hospital area and continuing the care process, in addition to a lecture to train the team. Conclusion: The implementation of SOPs is crucial to reduce urinary infections and promote patient safety, with the potential to inspire continuous improvements in practices in UPAs.

KEYWORDS: Urinary catheterization, Nursing Professionals, Health, Urinary Infections, Asepsis

RESUMEN

Objetivo: identificar los principales errores en la técnica del cateterismo vesical permanente (CVD), destacando la importancia de que las enfermeras sigan el código de ética y desarrollen el procedimiento operativo estándar (SOP) para brindar a la mayor audiencia de enfermeras profesionales los pasos correctos. Guía paso a paso del paso de las ECV, con el objetivo de minimizar los riesgos para el paciente y las posibles infecciones derivadas del cateterismo. Método: Se trata de un relato sobre la experiencia de estudiantes de enfermería en la creación de un POP en una Unidad de Atención de Emergencia (UPA) en la región metropolitana de Belo Horizonte. Resultados: la UPA implementó la lectura de los POE como lineamientos para los nuevos empleados, siendo una forma de acostumbrarse al área hospitalaria y continuar con el proceso de atención, además de una charla para capacitar al equipo. Conclusión: La implementación de POE es crucial para reducir las infecciones urinarias y promover la seguridad del paciente con el potencial de inspirar mejoras continuas en las prácticas en las UPA.

DESCRIPTORES: Cateterismo urinario, Profesionales de Enfermería, Salud, Infecciones Urinarias, Asepsia

Recebido:17/06/2024 Aprovado:17/10/2024 

Tipo de artigo: Relato de Experiência

INTRODUÇÃO 

Esse relato de caso  acadêmico tem como objetivo identificar os principais erros que o enfermeiro tem na técnica do cateterismo vesical de demora (CVD), uma vez que, os mesmos devem conhecer como executar o procedimento seguindo o código de ética dos profissionais de enfermagem, seguindo o Art. 24 - “Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade” como também, o Art. 22 - “Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade”; esses dois artigos devem-se ligado ao procedimento, pois o profissional deve entender que suas ações poderá colocar em risco o paciente a uma condição adquirida1.

O profissional terá a habilidade de utilizar perfeitamente os recursos de materiais disponíveis e deve seguir os padrões de assepsia conforme o Procedimento Operacional Padrão (POP) ou como a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição que presta serviço mantendo as condições assépticas e preservando o paciente. O procedimento do CVD é atribuição privativa do enfermeiro, conforme consta no Art. 11 da Lei do Exercício Profissional 7.498/86, “cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas”, sendo de sua responsabilidade à manutenção adequada do sistema de drenagem urinária enquanto uso deste dispositivo2.

O profissional Enfermeiro tem um papel importante na prevenção da infecção do trato urinário, durante a passagem do CVD, manutenção, até a sua retirada2

A importância de elaborar e escolher a criação do POP é levar para o maior público de profissionais Enfermeiros qual o passo a passo correto da passagem do CVD, visando minimizar os riscos para o paciente e as possíveis infecções provenientes do cateterismo. 

As infecções em pacientes que frequentam unidades de pronto-atendimento (UPAs) representam um desafio significativo para os sistemas de saúde em todo o mundo. Essas infecções podem surgir devido a uma variedade de fatores, incluindo a alta rotatividade de pacientes, a presença de agentes patogênicos resistentes, às condições ambientais muitas vezes desfavoráveis dentro das instalações da UPA e a falta de manejo correto dos profissionais.

Compreender a epidemiologia, os fatores de risco e as estratégias de prevenção dessas infecções é crucial para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes, além de otimizar o funcionamento eficiente desses serviços de saúde essenciais3.

Nesta análise, exploraremos a importância da implementação de Procedimento Operacional Padrão (POP) na prevenção de infecções nos ambientes da saúde e em outras áreas onde a higiene e a segurança são essenciais. Os POPs são protocolos que estabelecem diretrizes claras e padronizadas para realização de procedimentos, ajudando a garantir que cada passo seja realizado de maneira adequada e segura. Ao segui-los, os profissionais de saúde podem reduzir significativamente o risco de contaminação cruzada, minimizar a transmissão de patógenos e proteger tanto os pacientes quanto a equipe de saúde4

O POP surgiu em meados da década de 40, quando foram criados os primeiros métodos de padronização e processos. A ferramenta faz parte da Gestão de Qualidade Total - Total Quality Management (TQM)4.

O TQM é um conceito de gestão com total enfoque na obtenção da máxima qualidade de produtos, serviços e procedimentos dentro da empresa. É nesse contexto que o POP passou a ser adotado e operacionalizado4.

O POP é um documento que rege condutas e permite melhorias que incrementam o desempenho da empresa, pois uniformiza os instrumentos e materiais a serem usados, define a responsabilidade pela execução, descreve como os procedimentos críticos devem ser executados, cria o roteiro de inspeções periódicas dos equipamentos de produção e define como será a troca de turnos dos funcionários e a continuidade do trabalho entre eles4.

A infecção urinária é uma condição causada pela presença de bactérias na bexiga, uretra ou rins, resultando em sintomas como dor ao urinar, urgência urinária e, em casos mais graves, febre e dor nas costas, essa infecção do trato urinário corresponde a 38,5% a 40% das infecções adquiridas durante a internação ou após a alta do paciente, relacionada à internação, sendo elas de 70% a 88% pelo CVD5.

O trato urinário é estéril, mas durante os procedimentos de cateterismo pode ser invadido por microorganismos, provocando um processo infeccioso2

Outros fatores de risco associados à bacteriúria em pacientes cateterizados incluem: duração do procedimento, tipo de cateterização e do sistema de drenagem, terapia antimicrobiana, severidade do quadro que induziu a internação e doença de base, técnica imprópria de lavagens das mãos, execução inapropriada das técnicas de inserção e de assepsia e tempo de duração do cateter, pois o risco de adquirir bacteriúria é em torno de 3 a 10 % por dia de permanência6.

O diagnóstico de infecção do trato urinário é feito através de exames laboratoriais, através de urocultura, sendo o exame ideal para identificar qual a bactéria presente no trato urinário2

A justificativa para relatar essa experiência com CVD reside na importância de compartilhar conhecimentos práticos, teóricos e clínicos sobre o manejo do cateter de demora. Na atenção secundária e terciária o procedimento é recorrente, alta demanda para acadêmicos realizarem o procedimento e aprendizado na execução, houveram dificuldades, dúvidas mas comprometimento para realização para passagem do CVD e requer destreza e atenção para realizar o procedimento e esse relato irá fornecer informações valiosas para profissionais de saúde, ajudando-os a melhorar a técnica durante o procedimento de cateter de demora. A criação e implementação de POP irá melhorar a eficiência, qualidade e segurança dos cuidados aos pacientes e além de promover uma prática mais consistente. 

MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência dos acadêmicos de enfermagem na criação de um POP em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) nas unidades leste e oeste na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de agosto a dezembro de 2023. As UPAs onde foi implantado o POP possuem um grande fluxo de pacientes diariamente, seja para urgências e emergências, seja para internações, portanto, devido à alta rotatividade de pacientes com diversas enfermidades, são locais onde o risco de infecção é alto. 

Durante o período de estágio dos alunos nas unidades de saúde mencionadas, foi observado um risco aumentado de infecção durante o procedimento de passagem do CVD.

A intervenção realizada pelos acadêmicos, aconteceu a partir da observação de erros durante a assepsia do paciente, preparo de materiais, paramentação inapropriada do profissional e falha nas etapas do procedimento, ocasionando em um aumento dos casos de infecção do trato urinário (ITU). Parte dos profissionais que trabalham nos pronto-socorros onde a experiência foi realizada, têm anos de profissão, o que pode levá-los a automatização do procedimento, muitas vezes negligenciando práticas básicas que já são de conhecimento deles. 

Com o intuito de minimizar tais falhas humanas no momento da passagem do cateter, e consequentemente diminuir o número de casos de infecção, foi criado um POP, documento que descreve passo a passo como realizar uma atividade específica de forma padronizada e segura. Esse documento é de suma importância em ambientes de trabalho, especialmente em áreas como a da saúde, pois garantem a consistência na execução de tarefas, ajudam a minimizar erros e promovem a eficiência operacional, bem como auxiliam no bem-estar e segurança dos pacientes, protegendo seus direitos e dignidade.

O POP para CVD é essencial para garantir a segurança e a eficácia desse dispositivo. Aqui iremos listar itens que serão incluídos na descrição do POP para cateter de demora nas UPAs :

  1. Preparação do paciente deve incluir a identificação do paciente, obtenção de consentimento informado, explicação do procedimento ao cliente e preparação do ambiente.
  2. Higienização das mãos descreve as técnicas adequadas para todos os profissionais envolvidos no procedimento.
  3. Preparação dos materiais e separação para a inserção e manutenção do cateter de demora.
  4. Preparação do ambiente e descrever os passos para garantir a limpeza e a organização adequadas do ambiente de trabalho, incluindo a proteção de superfícies, a disposição dos materiais e a preparação da bandeja de procedimento.
  5. Posicionamento ideal do paciente para facilitar a inserção e a fixação segura do cateter.
  6. Procedimento do passo a passo da inserção do cateter, incluindo a preparação da área de inserção, a técnica de inserção do cateter e a fixação adequada após a inserção.
  7. Orientações sobre os cuidados pós inserção necessários após a inserção do cateter, como monitoramento da diurese, observação de sinais de infecção ou complicações, e instruções para manutenção da higiene perianal.
  8. Descrever os procedimentos para a remoção segura do cateter quando não for mais necessário, incluindo a preparação do paciente, a técnica de remoção e os cuidados pós-remoção.
  9. Orientações sobre a documentação completa e precisa de todas as etapas do procedimento e quaisquer observações relevantes.
  10. As precauções específicas de segurança a serem seguidas durante todo o procedimento, incluindo a prevenção de infecções, a manipulação adequada dos materiais estéreis e a eliminação correta dos resíduos.

Após a criação do POP foi feita uma orientação com leitura ativa e explicativa do protocolo para o profissional Enfermeiro(a). 

RESULTADOS 

Após a implementação do POP na UPA, foi possível conscientizar a equipe sobre a importância de práticas de prevenção de infecções, e a partir disso, observou-se algumas mudanças dos profissionais: 

  1. Higiene externa;
  2. Abertura e montagem correta dos materiais estéreis;
  3. Antissepsia em toda área genital corretamente;
  4. Uso de campo fenestrado para exposição somente da área necessária;
  5. Manipulação correta pela equipe Técnica evitando contaminação. 
  6. Higienização das mãos do enfermeiro e da uretra do paciente;

As dificuldades levantadas pelo grupo durante a montagem do POP foram a falta de comunicação da diretoria da UPA leste em relação a nossa contrapartida, pois, a passagem durante os campos de estágio é de prazo limitado e uma vez que, tivesse a demanda da proposta para execução do tema realizamos com método claro e objetivo. O POP foi montado e entregue para diretoria como também aprovado para a mesma utilizar em sua instituição de saúde e consequente, não tivemos tempo hábil para ver e acompanhar a aplicação do POP e os resultados. O sentimento do grupo é de frustração, apesar de todo o esforço realizado, não estamos vendo os resultados esperados e torcemos para que nossa pesquisa tenha valido a pena.

Durante a capacitação e comunicação com a equipe, houveram algumas dificuldades, pois nem todos foram receptivos aos treinamentos propostos pela instituição. Isso pode ser atribuído ao fato dos profissionais que possuem anos de experiência e tendem a operar no piloto automático. No entanto, foi encorajador observar que parte da equipe demonstrou disposição para escutar e implementar o protocolo criado.

Com essas mudanças nas práticas assistenciais e o conhecimento adquirido, foi ofertado melhor segurança na passagem da CVD, prevenindo riscos de infecção e aumentando a permanência do paciente na Upa e consequentemente a capacidade de ocupação da mesma. 

A UPA implementou como diretrizes para os novos funcionários a leitura do POP, sendo uma maneira de ambientação na área hospitalar e continuando o processo do cuidado, além disso, toda e nova informação atualizada a respeito de infecção na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) desenvolve palestra para capacitação da equipe.

DISCUSSÃO

Foi proposto para os acadêmicos de Enfermagem a criação de um POP sobre o protocolo do CVD, tendo em vista que a instituição não possuía tal documento. A partir desse ponto, era necessário a instrução dos profissionais Enfermeiros sobre o protocolo e todo o processo do procedimento. 

O grupo optou pela escolha do CVD pois era um procedimento recorrente na UPA, tanto na sala de emergência como também demandas eletivas de pacientes que necessitam de uso contínuo do cateter. 

De acordo com esse relato de caso na UPA, as técnicas primordiais para minimização das infecções são: higienização das mãos, cuidados na manipulação do cateter, utilização da técnica estéril na parte íntima do paciente corretamente, avaliar a necessidade do cateter vesical, treinamento do profissional referente aos cuidados com o cateter avaliar o tempo de permanência do cateter de acordo com o protocolo da UPA e avaliar se está com aumento da temperatura  devido a CVD .

Nas UPAs cerca de 35% a 45% das infecções adquiridas são as do trato urinário, sendo que 80% são atribuídas ao uso inapropriado do cateter vesical de demora7

O procedimento para passagem do CVD é necessário técnica asséptica devido a ser invasivo e assegurar a qualidade na assistência e proteção do paciente. Diante de ser um procedimento que compete ao enfermeiro por entender que o mesmo tem habilidade e técnica para sua execução. 

A potencialização do grupo nos principais aspectos durante o processo de criação do POP foram a capacidade de trabalhar em equipe, pois, o enfermeiro terá como deveres e fazeres gerir uma equipe de enfermagem, capacidade de resolver demandas junto com pensamento crítico que é evidenciado pela construção do POP, tivemos também a potenciação de gestão de tempo uma vez que recebemos a contrapartida gerimos nosso tempo na UPA para a elaboração do POP sobre CVD, analisando o procedimento, antes, durante e depois como era realizado, matérias que foram utilizado, técnica correta sendo enfermeiros ou acadêmicos durante a realização. 

O uso de instrumentos de gestão do cuidado para a inserção e manejo do cateter vesical de demora é crucial por várias razões: padronização do procedimento para consistência e melhores práticas, garantindo a segurança do paciente ao minimizar riscos como infecções e trauma, melhorando a qualidade do cuidado com diretrizes baseadas em evidências, aumentando a eficiência com protocolos e otimizando o monitoramento e avaliação para garantir o bem-estar do paciente.

A atuação da enfermagem na assistência e prevenção de infecções relacionadas à sonda vesical de demora é crucial para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes. Isso envolve: educar os pacientes sobre os cuidados adequados com o cateter e sinais de infecção, monitorar regularmente os pacientes para identificar precocemente problemas, manter o cateter adequadamente, cumprir protocolos de prevenção de infecções e intervir prontamente em caso de infecção, incluindo a remoção da sonda e administração de antibióticos.

A promoção da saúde por meio da educação permanente sobre o cateter vesical de demora envolve: atualização sobre melhores práticas para inserção, manejo e prevenção de complicações; treinamento para aprimorar habilidades clínicas específicas; desenvolvimento de estratégias de prevenção de infecções; promoção do autocuidado para pacientes e cuidadores; e implementação de protocolos e diretrizes. Isso capacita os enfermeiros e pacientes a desempenhar um papel ativo na prevenção de complicações e na promoção da saúde.

Conclui-se que o papel do enfermeiro na prevenção de infecção do trato urinário está relacionado ao cateter vesical de demora é elaborar protocolos e treinamentos baseados no POP. Além de oferecer segurança e qualidade no serviço prestado na unidade de pronto atendimento e orientar seus colaboradores.

Deve-se delegar e monitorizar a execução do procedimento corretamente, gerenciar recursos, planejar estratégias educativas, incentivar os enfermeiros a participarem dos treinamentos e criar protocolos que visa minimização do risco de infecção por cateter vesical de demora.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Em conclusão, a implementação de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) relacionados à redução dos índices de infecção urinária pelo cateter de demora é uma medida crucial para promover a segurança e o bem-estar dos pacientes. Ao padronizar os processos e garantir a adesão a práticas baseadas em evidências, espera-se como resultado, a minimização dos riscos de complicações associadas ao cateter vesical e, consequentemente, melhora dos resultados clínicos, além da promoção de segurança e o bem-estar de todos os envolvidos no processo de atendimento e cuidado, além disso, a melhora na eficiência operacional, garantindo que as melhores práticas sejam seguidas de maneira consistente, independentemente do contexto ou da experiência individual dos profissionais.

Além disso, é essencial reconhecer que a eficácia dos POPs requer comprometimento contínuo, educação e monitoramento adequado. Portanto, ao investir na criação e manutenção de protocolos robustos e na capacitação da equipe, os prestadores de cuidados de saúde devem desempenhar um papel significativo na prevenção de infecções urinárias relacionadas ao cateter de demora e na promoção da qualidade e segurança do atendimento ao paciente.

Concomitantemente à criação do POP, poderia ter sido criado uma apresentação para melhor orientar os profissionais, com passo a passo em forma de vídeo, para melhor visualização do processo e relembrar a prática, contribuindo para uma evolução ainda mais promissora com relação à implementação das medidas educativas descritas no procedimento operacional padrão.

Em suma, espera-se que este relato de experiência tenha contribuído de forma positiva, fornecendo insights valiosos e inspirando melhorias contínuas nas práticas e procedimentos diários nas UPAs.

REFERÊNCIAS

  1. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 564/2017. Aprova novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem [Internet]. Brasília: COFEN; 2017 [citado 21 abr. 2024]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html
  2. Lopes TVL, Mendonça RP, Parrilha GS, Ribeiro MCM. Assistência de enfermagem ao paciente acometido com infecção do trato urinário por uso de sonda vesical de demora: uma revisão de literatura. Revista de Trabalhos Acadêmicos UNIVERSO São Gonçalo. 2018; 3(5):236-61.
  3. Teixeira CFS, Soares CM, Souza EA, Lisboa ES, Pinto ICM, Andrade LR, et al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciênc Saúde Colet. 2020; 25(9):3465-74.
  4. Time Pontotel. Procedimento operacional padrão (POP): veja como funciona, sua importância e como criar [Internet]! São Paulo: Pontotel; 2023 [citado 21 abr. 2024]. Disponível em: https://www.pontotel.com.br/procedimento-operacional-padrao/ 
  5. Souza ES, Belei RA, Carrilho CMDM, Matsuo T, Yamada-Ogatta SF, Andrade G, et al. Mortality and risks related to healthcare-associated infection. Texto & Contexto Enferm. 2015; 24(1):220–8.
  6. Magalhães SR, Melo EM, Lopes VP, Carvalho ZMF, Barbosa IV, Studart RMB. Evidências para a prevenção de infecção no cateterismo vesical: revisão integrativa. Rev Enferm UFPE on line. 2014; 8(4):1057-63.
  7. Souza RMLF, Farias CL, Alexandre GM, Souza JR, Carneiro LV. Infecção no trato urinário associado ao cateterismo vesical: uma abordagem da enfermagem. Anais II CONBRACIS [Internet]. Campina Grande: Realize Editora; 2017 [citado 15 maio 2024]. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/29377