AVALIAÇÃO E CUIDADO DO ENFERMEIRO: ESTRATÉGIAS PARA O SUCESSO NO TRATAMENTO DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA
AVALIAÇÃO E CUIDADO DO ENFERMEIRO: ESTRATÉGIAS PARA O SUCESSO NO TRATAMENTO DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA
NURSE ASSESSMENT AND CARE: STRATEGIES FOR SUCCESS IN THE TREATMENT OF EXOGENOUS
POISONINGEVALUACIÓN Y ATENCIÓN DE ENFERMERA: ESTRATEGIAS PARA EL ÉXITO EN EL TRATAMIENTO DE LAS ENVENENAMIENTOS EXÓGENAS
Autores
William Miranda Marmor - Discente de Enfermagem. Faculdades Integradas de Jaú; Orcid: 0009-0008-4579-5560
Kelly Cristina dos Santos - Mestre em Ciências da Saúde. Docente Instituição Faculdades Integradas de Jaú - Departamento de Enfermagem; Orcid 0000-0001-6397-4767
Gercilene Cristiane Silveira - Mestre em ciências - Área Pesquisa clínica. Docente Instituição Faculdades Integradas de Jaú - Departamento de Enfermagem; Orcid 0000-0002-1642-6917
RESUMO
Objetivo: Descrever a relevância do papel do enfermeiro e de ações preventivas deste profissional frente a uma intoxicação exógena. Método: Pesquisa bibliográfica, exploratória, descritiva, com uma abordagem qualitativa, nas bases científicas BVS, Lilacs, BDENF e SciELO, dos últimos 5 anos. Resultados: Foram localizadas 6 publicações científicas que corroboram que ações preventivas precisam ser implementadas e regularmente atualizadas, bem como a importância do profissional da enfermagem no contexto de uma intoxicação. Conclusão: o enfermeiro desempenha um papel essencial no atendimento a pacientes com intoxicação exógena, utilizando seu conhecimento técnico para prevenir complicações e assegurar qualidade no atendimento em situações de urgência. A presença e a expertise do enfermeiro são cruciais para promover uma assistência eficaz e segura, ressaltando a necessidade de um contínuo aprofundamento no tema para aprimorar os desfechos clínicos.
Palavras-chave: Intoxicação exógena; cuidados de enfermagem; tratamento; pacientes.
ABSTRACT
Objective: To describe the relevance of the role of nurses and the preventive actions of these professionals in the face of exogenous poisoning. Method: Bibliographic, exploratory, descriptive research with a qualitative approach, in the scientific databases BVS, Lilacs, BDENF and SciELO, from the last 5 years. Results: Six scientific publications were located that corroborate that preventive actions need to be renewed and updated regularly, as well as the importance of nursing professionals in the context of poisoning. Conclusion: nurses play an essential role in the care of patients with exogenous poisoning, using their technical knowledge to prevent complications and ensure quality of care in emergency situations. The presence and expertise of nurses are crucial to promote effective and safe care, highlighting the need for continuous in-depth study of the topic to improve clinical advances.
Keywords: Exogenous poisoning; nursing care; treatment; patients.
RESUMEN
Objetivo: Describir la relevancia del papel del enfermero y las acciones preventivas de este profesional ante las intoxicaciones exógenas. Método: Investigación bibliográfica, exploratoria, descriptiva, con enfoque cualitativo, en las bases científicas BVS, Lilacs, BDENF y SciELO, en los últimos 5 años. Resultados: Se encontraron 6 publicaciones científicas que corroboran que las acciones preventivas necesitan ser renovadas y actualizadas periódicamente, así como la importancia de los profesionales de enfermería en el contexto de intoxicaciones. Conclusión: el enfermero juega un papel esencial en el cuidado de pacientes con intoxicaciones exógenas, utilizando sus conocimientos técnicos para prevenir complicaciones y garantizar una atención de calidad en situaciones de emergencia. La presencia y experiencia de las enfermeras son cruciales para promover una atención eficaz y segura, destacando la necesidad de una profundización continua del tema para mejorar los avances clínicos.
Palabras clave: Intoxicación exógena; cuidados de enfermería; tratamiento; pacientes.
Recebido: 08/11/2024 Aprovado: 22/11/2024
Tipo de artigo: Revisão Descritiva
INTRODUÇÃO
Intoxicações exógenas são manifestações clínicas ou bioquímicas que manifestam no nosso organismo através de contato com substâncias toxicas1.
Elas se apresentam de diferentes formas: animal (animais peçonhentos), vegetal (plantas) ou por substâncias químicas (produtos de limpeza, medicamentos ou agrotóxicos) e de maneira isolada1.
No Brasil, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), em 2017 foram registrados 24.488 casos de intoxicação humana por agentes tóxicos, incluindo medicamentos, agrotóxicos e alimentos. Destacam-se as circunstâncias desses casos, com 10.935 tentativas de suicídio (44,7%) e 6.567 acidentes individuais (26,8%)2.
Alguns sinais e sintomas podem surgir com maior frequência, intensidade diante a absorção dos agentes tóxicos, como vômitos, convulsões, dispneia, hiperemia e queimaduras na pele e também do trato gastrointestinal (TGI)3.
Além disso, podemos classificar a intoxicações exógenas como aguda e crônica. Consideramos intoxicação aguda quando ocorre o contato com apenas um agente tóxico, resolvendo emergencialmente o problema no prazo de 24 horas. Já a intoxicação crônica, é a absorção desses agentes de forma contínua e repetitiva, levando prolongação do tempo de exposição, trazendo para o indivíduo graves problemas nos sistemas neurológico, imune, hematológico, renal, endócrino dentre outros4.
Diante disso as unidades de emergência devem estar preparadas e devidamente equipadas, todos os profissionais que atuam dentro desse serviço devem estar capacitados e treinados para prestar todo o suporte necessário, desde cuidados assistenciais até conhecimento científico para conseguir identificar a qual substância obteve a exposição, evitando e reduzindo complicações severas3.
Outro protocolo de atendimento de grande relevância e a sistematização da assistência a enfermagem realizada pelo profissional enfermeiro, tendo como objetivo, prestar um a atendimento padronizado, de qualidade e eficaz, quando executado com excelência5.
O presente artigo apresenta como objetivo descrever a relevância do papel do enfermeiro e de ações preventivas deste profissional frente a uma intoxicação exógena.
METODOLOGIA
O estudo realizado consiste em uma pesquisa bibliográfica, exploratória, descritiva, com uma abordagem qualitativa.
O levantamento dos artigos foi realizado nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Scientific Electronic Library Online (SciELO).
A estrutura da pesquisa em cada base de dados foi conduzida por meio dos descritores controlados pelo DeCS: “intoxicação exógena”, “cuidados de enfermagem”, “tratamento” e “pacientes”, cruzados entre si.
Foram encontradas 42 produções científicas e após a utilização dos seguintes filtros: texto completo e disponível, idioma português, pesquisas que abordassem a temática proposta e gratuitos, selecionou-se 6 artigos. Vale ressaltar que o período de publicação foi delimitado nesta fase, incorporando os anos de 2019 a 2024.
A etapa de seleção dos estudos envolveu a leitura crítica e atenta dos artigos na íntegra, aplicando os seguintes critérios:
1) Inclusão – estudos originais, publicados no idioma português nos últimos 05 anos, que abordassem o conceito avaliação e cuidado do enfermeiro: estratégias para o sucesso no tratamento das intoxicações exógenas.
2) Exclusão - não atendesse aos critérios de inclusão, produções com a possibilidade de acessar o texto completo on line e/ou estarem duplamente indexados nas bases.
A coleta de dados deu-se no mês de agosto de 2024. Inicialmente foi feita uma leitura flutuante dos artigos selecionados, e logo em seguida foi realizada uma leitura analítica dos artigos, realizando a interpretação dos dados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultado obteve-se 6 produções científicas. O Quadro 1 apresenta as publicações encontradas.
Quadro 1. Apresentação dos estudos incluídos na revisão de literatura, segundo título, autores, ano de publicação e desfecho.
Título do artigo |
Autores e ano de publicação |
Periódico |
Tipo de estudo |
Intoxicação exógena na faixa etária pediátrica de zero até 19 anos no Brasil, durante os anos de 2001 a 2017 |
Leite et al., 20203 |
Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research (BJSCR) |
Estudo transversal descritivo e exploratório |
Práticas educativas para prevenção da intoxicação infantil na Estratégia Saúde da Família |
Sales, Oliveira, 20196 |
Esc Anna Nery |
Pesquisa qualitativa |
Fluxograma multiprofissional para atendimento de intoxicações agudas por agrotóxicos na atenção primária à saúde |
Karal et al., 20227 |
Esc Anna Nery |
Estudo metodológico |
Intoxicação parenteral por herbicida: estamos preparados para o cuidar? |
Souza et al., 20208 |
Nursing |
Estudo descritivo retrospectivo do tipo estudo de caso. |
Assistência da enfermagem na atenção primária às gestantes ribeirinhas afetadas pelo despejo de mercúrio em corpos d´agua |
Batista et al., 20219 |
Dissertar |
Pesquisa-ação |
Intoxicação infantil na comunidade em situação de vulnerabilidade social: percepções de profissionais da Estratégia Saúde da Família |
Ribeiro et al., 202310 |
Rev. Eletr. Enferm., |
pesquisa de abordagem qualitativa |
Fonte: Autores, 2024.
Dentre os resultados, destaque para metade dos achados (3 estudos) serem relacionados a intoxicação na população infanto-juvenil.
Leite e colaboradores3 realizaram um estudo transversal descritivo e exploratório que incluiu os casos de intoxicação exógena do ano de 2007 a 2017, no Brasil, na faixa etária de zero até 19 anos. As informações foram obtidas a partir de dados liberados pelo Tabnet DATASUS para população.
Os achados indicam que adolescentes estão mais vulneráveis à depressão e baixa autoestima, com maior prevalência de tentativas de autoextermínio e abuso de drogas. Estudos anteriores sobre o tema mostram que os grupos etários mais afetados são crianças de um a quatro anos e adolescentes. Em 2017, foram registradas 104 mortes relacionadas à intoxicação exógena, com medicamentos liderando as causas, independentemente da idade. Entre as crianças de um a quatro anos, a principal causa foi o uso acidental, enquanto entre adolescentes de 15 a 19 anos, o motivo mais comum foi a tentativa de autoextermínio. Do total de casos, 56% eram do sexo feminino3.
As intoxicações exógenas representam um problema significativo de saúde pública e colocam vidas em risco, tornando a atuação da equipe de enfermagem essencial nesse contexto. É fundamental discutir continuamente a necessidade de políticas informativas permanentes, e a equipe de enfermagem desempenha um papel crucial ao orientar a população sobre o armazenamento adequado de agentes tóxicos, reduzindo a exposição acidental, a forma mais comum de intoxicação. Além disso, a enfermagem é peça-chave na identificação de riscos de tentativas de autoextermínio entre adolescentes, permitindo o início de tratamentos precoces e prevenindo casos graves. Ações preventivas precisam ser implementadas e regularmente atualizadas, e a equipe de enfermagem, com seu contato direto com pacientes e famílias, é vital para assegurar que todas as causas de intoxicação exógena, sendo evitáveis, sejam efetivamente prevenidas3.
Sales Oliveira6 realizou a pesquisa com trabalhadores de uma Equipe de Saúde da família, analisando as práticas educativas realizadas por estes no contexto da intoxicação infantil, identificando que as práticas, de modo geral, estavam pautadas no conceito de primeiros socorros e não consideravam a família como centro da ação profissional.
A falta de cursos e capacitações voltados para a prevenção de intoxicações infantis foi identificada como uma barreira na prática profissional. Profissionais que relataram realizar práticas educativas para prevenção de intoxicações reconheceram dificuldades em orientar adequadamente todos os tipos de ocorrências toxicológicas, destacando a necessidade de mais conhecimento sobre o tema e de atualizações constantes. Aqueles que atuam parcialmente na prevenção de acidentes mencionaram a necessidade de aprofundar o conhecimento na área. Essa situação pode estar relacionada à sobrecarga de temas e problemas de saúde que os profissionais enfrentam, levando-os a priorizar alguns problemas em detrimento de outros na prática diária. Além disso, considerando o contexto territorial da Estratégia Saúde da Família (ESF), a intoxicação infantil e acidentes podem não ser considerados problemas locais por diversas equipes6.
Em um último estudo na temática infanto-juvenil Ribeiro e colaboradores10 realizaram uma pesquisa que parte do entendimento de que a intoxicação infantil é uma condição sensível à Atenção Primária à Saúde (APS). Uma intervenção bem articulada na comunidade, com acolhimento, escuta ativa e encaminhamento das diversas necessidades das crianças, suas famílias e o território ao redor, contribui para a corresponsabilidade em saúde dos atores envolvidos. As percepções dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre intoxicações infantis em comunidades vulneráveis mostram uma subestimação da gravidade do problema e uma desconsideração do contexto sociocultural em que as famílias estão inseridas, o que limita o potencial das ações profissionais e o engajamento das famílias na mudança de comportamentos de risco. Essa realidade pode estar relacionada à sobrecarga de temas e problemas que os trabalhadores enfrentam e à falta de comunicação entre os profissionais, bem como ao acesso e discussão crítica dos dados sobre situações sensíveis à APS, incluindo a intoxicação infantil. O estudo aponta para a necessidade de um novo olhar sobre as famílias, exigindo maior envolvimento dos profissionais de saúde e gestores, com uma abordagem que reconstrua os referenciais de atuação tanto de forma singular quanto coletiva, e que valorize as multidimensionalidades do cuidado à intoxicação infantil, especialmente em contextos socialmente vulneráveis10.
Os achados de Nascimento e colaboradores4, corroboram estas pesquisas onde o fator de destaque nas intoxicações é a faixa etária, apresentando um número significativo entre crianças de 01 a 19 anos de idade no Brasil.
Uma pesquisa de 202411, traçou um perfil epidemiológico exógenas dos adolescentes de 2014 a 2023, e traz importantes gráficos sobre a intoxicação desta população no Brasil.
Durante o período de 2014 a 2023, foram registrados 292.823 casos de intoxicação exógena em adolescentes no Brasil. Nesse intervalo, observou-se uma variação mensal nas notificações, com os maiores picos de incidência ocorrendo em janeiro e agosto. Os dados apontam uma tendência de crescimento nas notificações ao longo dos anos, atingindo 41.938 casos em 202311 (Gráfico 1).
Figura 1 - Notificações de intoxicação exógena em adolescentes por região do Brasil ao longo dos anos de 2014 a 2023Fonte: Caetano11
Já o Gráfico 2 demonstra a evolução ao longo do tempo dos principais casos de intoxicação exógena pelas principais gentes tóxicas identificadas no período analisado em ambos os grupos de faixa etária, com destaque para o número elevado de intoxicação por medicamento, com um aumento significativo durante o período analisado. 11.
Gráfico 2 - Evolução das notificações de intoxicação exógena dos principais agentes tóxicos em adolescentes de 2014 a 2023 no Brasil
Fonte: Caetano11
No contexto das intoxicações no público adulto, Batista e outros9 realizaram uma pesquisa com o objetivo de formular uma proposta de protocolo de cuidado às gestantes de populações ribeirinhas diversas afetadas pelo despejo de mercúrio em corpos d’água.
A criação de um protocolo de atenção à saúde específico para esses casos favorece a integração de cuidados preventivos para orientar profissionais no manejo de populações-alvo e serve como guia para a atuação das equipes de enfermagem e demais membros das equipes de saúde que atendem essas comunidades. O papel da enfermagem é crucial nesse contexto, pois as ações de caráter educacional e profilático compõem um cuidado fundamentado nos princípios da Política Nacional de Atenção Básica, com foco nas particularidades da população (aspectos sociais, econômicos e culturais) e nos riscos que podem comprometer sua saúde9.
Karal e colaboradores7 contribuíram para esta pesquisa com um estudo metodológico, desenvolvido em duas etapas: a produção e construção de um fluxograma de atendimento multiprofissional para casos de intoxicações agudas por agrotóxicos na Atenção Primária à Saúde (APS) e a validação desse material por profissionais atuantes no Sistema de Saúde Pública de um município do Extremo-Oeste de Santa Catarina.
A percepção de riscos e as ações de prevenção, promoção e educação em saúde são atributos essenciais dos serviços. Difundir conhecimento sobre o tema é fundamental para sensibilizar sobre o uso correto dos equipamentos de proteção, tanto individuais quanto coletivos, além de promover o reconhecimento e a associação de sinais e sintomas de intoxicações, facilitando a identificação e o manejo adequado dos casos. O fluxograma pode apoiar novas abordagens e estimular mudanças de comportamento, contribuindo para a promoção da saúde e prevenção de agravos7.
Finalizando Souza e colegas8 realizaram um estudo de caso de uma paciente do gênero feminino com 24 anos de idade admitida na UTI do Hospital Regional de Cacoal-HRC-Rondônia/Brasil, após tentativa de autoextermínio por contato com Herbicida.
A pesquisa destacou a importância de identificar sinais de alerta de comportamentos suicidas, desmistificando o tema e incentivando um olhar atento e contínuo por parte de profissionais de saúde e da população. O caso clínico apresentado descreveu a evolução de uma paciente com sinais de alerta ao suicídio, insuficiência hepatorrenal e graves manifestações respiratórias, culminando em falência multiorgânica e alta mortalidade. Na UTI, embora a equipe multidisciplinar acompanhe o paciente, o enfermeiro está 24 horas por dia ao lado do leito, sendo essencial que todos os profissionais adotem práticas baseadas em evidências para acompanhar e intervir adequadamente. A pesquisa sugere também que instituições de ensino em saúde incluam temas como depressão, suicídio e intoxicações exógenas em suas grades curriculares8.
Tendo em vista, o profissional da saúde, tem um papel de extrema importância na assistência a esses pacientes, sendo necessário uma qualificação para realização de coleta de dados e busca de informações que sejam relevantes para auxiliar no tratamento do paciente de imediato, podendo assim utilizar de métodos como SAE, monitoramento de (SSVV) sinais vitais até mesmo lavagens gástricas4.
Ao monitorar os SSVV, é primordial observar as vias áreas e mantê-las estabilizadas, bem como controlar temperatura, pressão arterial, e a circulação, e quando necessário realizar intervenções para manter o paciente hemodinamicamente estável4.
A sistematização da assistência a enfermagem realizada pelo profissional enfermeiro, tem como objetivo, prestar um a atendimento padronizado, de qualidade e eficaz, quando executado com excelência5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em conclusão, é evidente que o enfermeiro desempenha um papel fundamental no atendimento a pacientes com intoxicação exógena. Seu conhecimento técnico e prático não apenas previne complicações, mas também garante um atendimento de qualidade em situações de urgência e emergência.
A atuação do enfermeiro, especialmente através da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), no controle de sinais vitais e na realização de lavagens gástricas, destaca sua importância na equipe de saúde. Assim, a presença e a expertise do enfermeiro são indispensáveis para a promoção de uma assistência eficaz e segura, refletindo a necessidade de um aprofundamento contínuo nesse tema para melhorar ainda mais os desfechos clínicos.
REFERÊNCIAS
1 Rabelo ES; Santos LLJ, Souza JVM. Intoxicação exógena por aldicarb (chumbinho): importância da capacitação de profissionais da enfermagem frente a assistência em municípios de pequeno porte [monografia]. Pariparanga: Centro Universitário Ages; 2022.
2 Ministério da Saúde (Brasil). SINITOX. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - Óbitos Registrados de Intoxicação Humana por Agente Tóxico e Sexo. 2024 [citado em 2024 out. 30]. Disponível em: https://sinitox.icict.fiocruz.br/sites/sinitox. icict.fiocruz.br/files/Brasil13_1.pdf
3 Leite MS, Lemes Júnior AL, Dal Col AG , Rosa AN, Silva AJGO, Arruda BCAP, Assis BCG, El Baz B. Intoxicação exógena na faixa etária pediátrica até os 19 anos de idade no Brasil, durante os anos de 2007 a 2017. Revista Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research [online]. 2020 [citado em 2024 out. 30];30:1-5. Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20200508_213150.pdf. Acesso em: 16 mar. 2024.
4 Nascimento LC, Cavalcanti AC, Silva MMM, Souza DM, Albuquerque AM. Cuidados de enfermagem nos casos de intoxicações exógenas: revisão integrativa. Revista de Extensão Científica da UNISOCIESC [online]. 2021 [citado em 2024 out. 30];8(3):68-81. Disponível em: https://rist.unisociesc.com.br/index.php/reis/article/view/298.
5 Conrado LG. Intoxicação exógena: Papel da enfermagem na emergência. Anais eletrônico do 1º Congresso Brasileiro de Ciência e Saberes Multidisciplinares. 2022. Volta Redonda: UNIFOA; 2022 2020 [citado em 2024 out. 30]. Disponível em: https://conferencias.unifoa.edu.br/tc/article/view/110/109.
6 Sales CCF, Oliveira MLF. Práticas de educação em saúde para prevenção de intoxicações infantis na Estratégia Saúde da Família. Esc Anna Nery [online]. 2019 [citado em 2024 out. 30];23(1):e20180140. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2018-0140
7 Karal A, Portaluppi DM, Zocche DA de A, Zanatta L. Fluxograma multiprofissional para atendimento de intoxicações agudas por agrotóxicos na atenção primária à saúde. Esc Anna Nery [online]. 2022 [citado em 2024 out. 30];26:e20210015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2021-0015
8 Souza LP, Lima MG, Viana RAPP, Romanholo RA, Vasconcellos C. Intoxicação parenteral por herbicida: estamos preparados para o cuidar? Revista Nursing [online], 2020 [citado em 2024 out. 30]; 23 (267): 4486-4493. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1130185
9 Batista GCV, Cordova JV, Santos LS, Lima RM, Medeiros MF, Sousa MVV. Assistência da enfermagem na atenção primária às gestantes ribeirinhas afetadas pelo despejo de mercúrio em corpos d’agua. Revista Dissertar [Internet]. 13º de outubro de 2022 [citado em 2024 out. 30];1(37). Disponível em: https://revistadissertar.adesa.com.br/index.php/revistadissertar/article/view/321
10 Ribeiro CCFS, Santos GA, Lima PKGC, Tacla MTGM, Ichisato SMT, Oliveira MLF. Intoxicação infantil na comunidade em situação de vulnerabilidade social: percepções de profissionais da Estratégia Saúde da Família. Rev. eletrônica enferm [online]. 2023 2020 [citado em 2024 out. 30];25:70654. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1434179
11 Caetano LAV, Lordelo BVC, Bertulessi LP, Rezente LT, Oliveira CGS. Caracterização dos casos de intoxicação exógena em adolescentes no Brasil 2014 a 2023: Um estudo ecológico. Research, Society and Development [online]. 2024 Rev. eletrônica enferm [online]. 2023 2020 [citado em 2024 out. 30] ;13(8):e7713846590. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/46590