Relação da Infecção por Citomegalovírus e Transtorno do Espectro Autista: Uma Revisão de Escopo

Autores

  • Douglas dos Santos Oliveira Acadêmico de Enfermagem. Centro Universitário. Rio Branco. Acre. Brasil. https://orcid.org/0009-0003-8159-3126
  • Ruth Silva Lima da Costa Acadêmico de Enfermagem. Centro Universitário. Rio Branco. Acre. Brasil ORCID: https://orcid.org/0009-0003-8159-3126 Ruth Silva Lima da Costa Doutoranda em Epidemiologia em Saúde Pública ENSP/FIOCRUZ. Rio de Janeiro. RJ. Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1890-086X

DOI:

https://doi.org/10.36489/nursing.2025v29i320p10509-10518

Palavras-chave:

Autismo, Desenvolvimento neuropsiquiátrico, Infecção congênita

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista afeta a comunicação, interação social e comportamento, variando em gravidade, e o Citomegalovírus, uma infecção congênita comum, está relacionado a deficiências no neurodesenvolvimento. Este estudo objetivou investigar a possível relação entre a infecção do citomegalovírus e o transtorno do espectro autista. Trata-se de revisão sistemática que analisou artigos publicados entre 2014 e 2024 nas seguintes bases de dados: Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library Online, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e National Library of Medicine. A possível associação pode depender do tempo de acompanhamento das amostras populacionais analisadas. Embora a relação direta entre eles ainda não seja totalmente elucidada cientificamente, há consenso de que a infecção pode comprometer o neurodesenvolvimento. As divergências nos resultados encontrados podem estar associadas às diferenças metodológicas entre os estudos, incluindo variações nos critérios diagnósticos, nos métodos de detecção da infecção e no controle de variáveis como predisposição genética e fatores ambientais.

 

Biografia do Autor

Ruth Silva Lima da Costa, Acadêmico de Enfermagem. Centro Universitário. Rio Branco. Acre. Brasil ORCID: https://orcid.org/0009-0003-8159-3126 Ruth Silva Lima da Costa Doutoranda em Epidemiologia em Saúde Pública ENSP/FIOCRUZ. Rio de Janeiro. RJ. Brasil.

Doutoranda em Epidemiologia em Saúde Pública (FIOCRUZ/ENSP). Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Acre (UFAC); Especialista em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde (UFAC) e em Educação Profissional na Área da Saúde: Enfermagem (FIOCRUZ/ENSP). Mestre em Ciências da Saúde (UFAC). Atua como enfermeira na Secretaria de Estado de Saúde do Acre e no Centro Universitário Uninorte desempenhando as funções de docente, coordenadora adjunta do curso de Medicina, membra do núcleo docente estruturante ( NDE) dos cursos de Enfermagem e Medicina. Tem experiência na área de gestão e planejamento em saúde, atenção à saúde da criança e adolescente e atenção primária em saúde. É revisora de periódicos científicos e membra de comitê de ética em pesquisa. Atualmente tem se dedicado a pesquisa através da coordenação de projetos de iniciação científica com potencial interesse em produtos derivados de plantas amazônicas e também voltada para saúde coletiva com ênfase nas condições crônicas, além da atenção integral à saúde da criança e adolescente e sistematização da assistência de enfermagem

Referências

Salomè S, et al. Congenital cytomegalovirus infection: the state of the art and future perspectives. Front Pediatr. 2023; 11:1276912.

Castro LFSO, et al. Infecção congênita por citomegalovírus: impacto na saúde neonatal. Rev. Eletrônica Acervo Saúde. 2024;24(9):e16729-e16729.

Borges LP, et al. Estratégias multidisciplinares para o manejo do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em crianças. Braz J Implantol Health Sci. 2024;6(8):1438-1446.

Zeidan J, et al. Global prevalence of autism: A systematic review update. Autism Res. 2022;15(5):778-790.

Faistauer M, et al. Etiologia da perda auditiva precoce em crianças brasileiras. Braz J Otorhinolaryngol. 2023; 88:33-41.

Da Silva JS, et al. Panorama da formação em psicologia para transtorno do espectro do autismo em Minas Gerais. Rev. Educ. Especial. 2020; 36:1-21.

Solmi M, et al. Incidence, prevalence, and global burden of autism spectrum disorder from 1990 to 2019 across 204 countries. Mol Psychiatry. 2022;27(10):4172-4180.

Lin CH, et al. Cytomegalovirus infection in infancy may increase the risk of subsequent epilepsy and autism spectrum disorder in childhood. Children. 2021;8(11):1040.

Pesch MH, et al. Autism Spectrum Disorder Diagnoses and Congenital Cytomegalovirus. Pediatrics. 2024. p. e2023064081.

Al-Beltagi M, et al. Viruses and autism: A Bi-mutual cause and effect. World J Virol. 2023;12(3):172.

Sanami S, et al. Association between cytomegalovirus infection and neurological disorders: A systematic review. Rev Med Virol. 2024;34(3): e2532.

Gentile I, et al. Prevalence and titre of antibodies to cytomegalovirus and Epstein-Barr virus in patients with autism spectrum disorder. In Vivo. 2014;28(4):621-626.

Sakamoto A, et al. Retrospective diagnosis of congenital cytomegalovirus infection in children with autism spectrum disorder but no other major neurologic deficit. Brain Dev. 2015;37(2):200-205.

Gentile I, et al. Prevalence of congenital cytomegalovirus infection assessed through viral genome detection in dried blood spots in children with autism spectrum disorders. In Vivo. 2017;31(3):467-473.

Engman M-L, et al. Prenatal acquired cytomegalovirus infection should be considered in children with autism. Acta Pediatric. 2015;104(8):792-795.

Alibek K, et al. Case Series of 57 Autism Spectrum Disorder Children from Central Asia and Eastern Europe. J Neurol Psychiatry Disord. 2019;1(1):106.

Yang XY, et al. Postnatal cytomegalovirus infection may increase the susceptibility of tuberous sclerosis complex to autism spectrum disorders. Microbiol Spectr. 2022;10(3):e01864-21.

Zhang M, et al. Two-sample Mendelian randomization study does not reveal a significant relationship between cytomegalovirus (CMV) infection and autism spectrum disorder. BMC Psychiatry. 2023;23.

Zappas MP, O'Neill SP, Rotz C. Congenital cytomegalovirus infection. J Nurse Pract. 2023;19(4):104563.

Hassan ZR, et al. Toxoplasmosis and cytomegalovirus infection and their role in Egyptian autistic children. Parasitol Res. 2023;122(5):1177-1187.

Marczuzzo A, et al. Caracterização dos pacientes com doenças neurogenéticas atendidos em um ambulatório universitário do Sul do Brasil. Relatos Casos. 2021;65(2):280-285.

Keymeulen A, et al. Neurodevelopmental outcome in children with congenital cytomegalovirus infection: a prospective multicenter cohort study. Early Hum Dev. 2023; 182:105777.

Pesch MH, et al. Autism Spectrum Disorder Diagnoses and Congenital Cytomegalovirus. Pediatrics. 2024. p. e2023064081.

Maltsev D, Solonko I, Sydorenko O. The assessment of microbial infection in children with autism spectrum disorders and genetic folate cycle deficiency. BMC Pediatr. 2024;24(1):200.

Egilmezer E, et al. Human cytomegalovirus (CMV) dysregulates neurodevelopmental pathways in cerebral organoids. Commun Biol. 2024;7(1):340.

Karima H. Minor ozonized autohemotherapy in a 2-year-old boy with speech delay and cytomegalovirus infection: a case report. Rev Esp Ozonoterapia. 2018;8(1):165-169.

Turriziani Colonna A, et al. Long-term clinical, audiological, visual, neurocognitive and behavioral outcome in children with symptomatic and asymptomatic congenital cytomegalovirus infection treated with valganciclovir. Front Med. 2020; 7:268.

Löfkvist U, et al. Executive functions, pragmatic skills, and mental health in children with congenital cytomegalovirus (CMV) infection with cochlear implants: a pilot study. Front Psychol. 2020; 10:2808.

Forli F, et al. Long-term outcomes of congenital cytomegalovirus infection in children early identified by extended hearing-targeted screening. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2024; 184:112070.

Stoyell SM, et al. Neurobehavioral outcomes of neonatal asymptomatic congenital cytomegalovirus infection at 12-months. J Neurodev Disord. 2024;16(1):19.

Downloads

Publicado

2025-03-06

Como Citar

dos Santos Oliveira, D., & Silva Lima da Costa, R. (2025). Relação da Infecção por Citomegalovírus e Transtorno do Espectro Autista: Uma Revisão de Escopo. Nursing Edição Brasileira, 29(320), 10509–10518. https://doi.org/10.36489/nursing.2025v29i320p10509-10518

Edição

Seção

Revisão Sistemática

Categorias